Joelma esteve no “Altas Horas”, da Globo, do último sábado (20), e comentou sobre o preconceito que sofreu no início da carreira por causa das suas origens.
A cantora tem mais de 25 anos de estrada e faz sucesso por todo o Brasil, mas o começo foi complicado. “Sofri muito. Logo ali, chegando no Maranhão, a gente não era conhecido, ia tocar com outras bandas. Não era pelo ritmo, era por ser do Norte”, disse a artista.
A paraense relembrou a história que motivou a criação do seu “grito de guerra” quando fazia parte da Banda Calypso, ao lado do Ximbinha.
“A gente estava começando, nenhuma banda era conhecida, uma casa pequena e a gente dividindo camarim. Eu tava levando o maior papo legal e a menina perguntou assim: ‘De onde vocês são?’. Eu disse: ‘Nós somos de Belém do Pará’. Cara, ela levantou na hora e me olhou dos pés à cabeça com nojo, e se levantou e foi embora”, comentou ela.
“Foi aí nesse dia que surgiu o grito de liberdade. Quando apresentaram a banda para entrar, estava com uma revolta tão grande dentro de mim, que eu disse assim: ‘Direto de Belém do Pará, isso é Calypsooooo!’”, afirmou Joelma.
“Meu empresário também, no início, dizia para mim assim: ‘Você vai para a rádio, mas não fala que você é do Pará. Se perguntarem, você diz que é de São Paulo’. Na primeira deixa que o radialista deu, eu disse: ‘Sou Joelma, da banda Calypso, eu sou de Belém do Pará’”, lembrou.
