Juliana Lohmann comentou sobre o seu projeto Mulher Manifesta, que deve ser lançado em meados de janeiro. A página de internet deve reunir depoimentos e relatos de mulheres brasileiras expostas à violência doméstica, com intuito de dar apoio legal e psicológico as usuárias, está nos estágios finais de desenvolvimento.
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“A gente vai ter não só os relatos, mas também conteúdos produzidos pela advogada Marina Ruzzi, falando sobre os ciclos da violência e a evolução das leis, e textos informativos da psicóloga Maria Migliari”, explicou ela em entrevista a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
A atriz espera que o projeto ajude e funcione como um elo de apoio feito por e para mulheres. “Pode ser um ponto de encontro ou de retorno, no sentido de nós mulheres [nos] voltarmos para nós mesmas. Pra nossa potência e nosso poder”.
Ela própria é uma sobrevivente de violência doméstica, e levou a sua experiência ao público em um texto que escreveu para a revista Cláudia. Nele, a famosa de 31 anos, revelou ter sido vítima de estupro aos 18 anos e narrou episódios de violência em um relacionamento abusivo.
Sua coragem atraiu diversos olhares e chamou atenção de centenas de outras mulheres que viveram e vivem experiências similares; este fato a levou a criar o projeto. “É triste, mas há pessoas que pensam isso. Às vezes a culpa nem é delas”, disse.
“Elas reproduzem coisas que foram ensinadas. Essas pessoas mostram a saúde do machismo. Ele está vivendo plenamente. Quando a gente bate no sistema, ele não vai ficar tranquilinho. Vai voltar com força”, complementou.
Ainda na entrevista, a atriz de Gênesis também conta que o ambiente audiovisual atual é mais aberto a corpos diversos. “Muita coisa tem sido discutida ultimamente. Muitos corpos vêm sendo vistos. Eu vivia angustiada e insegura, achando que não ia pegar trabalho porque estava com cinco quilos a mais. Agora não penso mais nisso. Se eu emagrecer, vai ser por uma coisa positiva, porque comecei a me alimentar de tal maneira e fluiu naturalmente”, assegurou.
Juliana Lohmann, entretanto, tem incentivado a quebra de novos paradigmas, como a depilação. Sua ideia é começar um debate: “Transmitir uma mensagem, uma ação de liberdade, de reflexão (…) quero dizer para elas que é uma escolha”, concluiu.
