Intérprete de Maria Marruá em Pantanal, Juliana Paes, que deu show enquanto estava no ar vivendo a “mulher que vira onça”, falou sobre as transformações dos personagens misteriosos da trama.
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“Nessa versão, acho que o Papa (Rogério Gomes, diretor da novela) optou por deixar mais o mistério do Pantanal, a lenda. Foi uma escolha do nosso diretor trabalhar essa aura de mistério. Não vemos nenhuma cena no estilo X-Men“, disse a atriz, em conversa com a Quem.
“A transformação é uma percepção de cada um. Entre os próprios personagens da história, tem quem ache que é ‘falação’ a mulher virar onça, por exemplo. Tem quem acredita e acho que cada um do público vai perceber a sua maneira”, pontuou.
Em seguida, Juliana Paes ainda falou com carinho do trabalho: “O processo diário de Pantanal é catártico. Não foi esforço nenhum ter uma caracterização como a da Maria Marruá, muito pelo contrário. É gratificante poder abrir mão da vaidade pela estética vigente. Mais do que isso: vi beleza e poesia nas marcas do tempo. É bacana poder abrir mão da vaidade. Para mim, não foi esforço nenhum”.
Juliana Paes relembra bastidores da novela
Na entrevista, a artista ainda contou que aproveitava os momentos livres para enriquecer a personagem com detalhes: “Nas idas à fazenda do Almir [Sater, ator e cantor], ficava atenta à forma como as pessoas falavam e vinham ideias de composição. É um processo dinâmico e nada muito cartesiano. Estar no Pantanal foi muito importante para compor a personagem. Nunca tinha estado lá”.
“A Maria tinha elementos muitos específicos porque ela não era do Pantanal. Ela veio do Sarandi. A gente trabalhou um jeito de falar para ficar alinhado com o elenco, mas tínhamos que ter um salpico com o Sul, afinal a família era de lá. É gostoso criar o tempo inteiro. Tinha receio de perder o sotaque“, confessou.
Juliana Paes ainda confessou um perrengue que vivia na região: “Falando de Pantanal, diria que as locações não eram próximas, então, para mim, o mais difícil era ficar com vontade de fazer xixi quando estávamos no caminho de volta, à noite. Tinha que descer do carro e ir para trás. Digo que hidratei bastante aquela região (risos). Alguém ficava de vigia para mim, mas o medo de vir um bicho naquela hora em que você está fazendo seu ‘pipizinho’. Esse era o perrengue, mas deu tudo certo”.
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