Com a reprise de Floribella (2005) na Band, Juliana Silveira celebra o retorno de seu trabalho mais marcante na TV e revela que o sucesso de Maria Flor entre o público infanto-juvenil a impediu de aceitar um convite de Gilberto Braga para interpretar a prostituta Telminha na novela Paraíso Tropical (2007). A personagem acabou ficando com Isis Valverde, enquanto Silveira estreou naquele mesmo ano na Record, em Luz do Sol.
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“Lá atrás eu não aceitei ir pra Globo porque eu ainda tinha produtos licenciados e eu não queria fazer uma prostituta no horário das nove. A Globo é uma máquina muito forte, imagina? Eu sair de Floribella e chegar numa prostituta? Eu falei: ‘Não dá pra mim’. Mas hoje em dia eu tô prontíssima pra essa prostituta”, contou a atriz, durante uma live promovida pela revista Mais Novela no Instagram..
Ao falar sobre a carreira, Juliana lembrou que, no início dos anos 2000, as atrizes mais jovens demoravam mais tempo para chegar ao horário nobre, e criticou o que chamou de “culto à juventude” nas novelas atuais.
“Hoje em dia quando você vê a Marina Ruy Barbosa, essas meninas são jovens pra estar protagonizando uma novela das nove. Quando eu comecei não era assim, a gente começava em Malhação e aos poucos a gente ia amadurecendo, fazendo novela das sete, pra depois chegar ao horário nobre. Essas meninas são talentosas e eu amo todas elas, mas eu vejo um culto a essa juventude”, comparou.
No ar também nas reprises de Apocalipse (2017), na Record, e Laços de Família (2000), na Globo, a atriz aguarda o início das gravações da segunda temporada da série Matches, da Warner, para voltar ao trabalho, e revelou estar apreensiva com o futuro da TV aberta no Brasil, por acontecimentos como as recentes demissões de atores veteranos na Globo.
“Eu estou preocupada. A televisão precisa de veteranos, [assim como] precisa de programação infantil, precisa de um monte de coisa que eles estão abrindo mão. Quem é que está controlando isso, alguém avisa? Chamam o Boni, gente, pelo amor de Deus! A TV aberta faz parte da nossa cultura. A gente precisa de uma TV aberta forte e precisa de concorrência. Precisa da Globo forte, da Band forte, da Record forte…”, desabafou.
Daniel Ribeiro cobre televisão desde 2010. No RD1, ao longo de três passagens, já foi repórter e colunista. Especializado em fotografia, retorna ao site para assinar uma coluna que virou referência enquanto esteve à frente, a Curto-Circuito. Pode ser encontrado no Twitter através do @danielmiede ou no [email protected].