Lavínia Vlasak está longe da televisão desde o fim de 2019, quando fez uma participação especial em Bom Sucesso, mas pode ser vista em duas reprises atualmente: Totalmente Demais (2015) na Globo e Mulheres Apaixonadas (2003) no canal Viva. Sobre esta última, sua personagem marcou época e ainda suscita lembranças.
VEJA ESSA
Na trama de Manoel Carlos ela interpretou Estela, que causou ao aparecer nua e fazer um striptease bêbada em meio a uma festa de casamento. Por conta de tal exposição, acabou sendo convidada para posar nua para a Playboy, revista de nu masculino que encerrou as atividades em 2017.
“O convite sempre surgiu de tempos em tempos, desde O Rei do Gado, mas ele ficou mais insistente na época de Mulheres Apaixonadas. Eles me queriam para a edição de aniversário. Nunca quis posar. Sempre achei curioso as pessoas quererem pagar para ver peito e bumbum, que são amplamente conhecidos“, contou Lavínia em entrevista ao Extra. Quem assumiu a capa de aniversário foi Regiane Alves, que interpretou a vilã Dóris na mesma novela.
Apesar da negativa, a mãe de Felipe (11) e Estela (8) explicou que a decisão tem a ver com os filhos e não tão com pudor: “Não tenho vergonha do nu nem muitos pudores em relação a isso, mas sempre pensei que ia ter filhos e eles poderiam ser zoados na escola e sofrer pela mãe ter posado pelada um dia“.
A esposa de Celso Colombo, por falar nisso, investiu numa mudança na prótese de silicone nos seios, que foram inicialmente colocadas em 2002: “Aumentei muito pouco, mas nem precisei comprar sutiã novo nem nada. Foi só uma coisa de preencher mesmo, após eu ter amamentado dois filhos”.
Voltando ao contexto da nudez em Mulheres Apaixonadas, Lavínia Vlasak enalteceu o profissionalismo de Ricardo Waddington (diretor) para criar um ambiente confortável para tais cenas: “Nunca é confortável, mas o Ricardo Waddington foi super carinhoso, deixou dentro do estúdio só as pessoas quem deveriam estar. E eu me sentia muito amparada e respeitada por todos ali“.
“Por mais que houvesse um certo desconforto em fazer essas cenas de nudez e tirar a roupa bêbada, por exemplo, eu me apoiava no fato de não ficar caricata, e esse sempre foi o meu maior medo. E isso fazia com que eu passasse por cima desse incômodo e constrangimento com nu no estúdio e fizesse com que a cena ficasse crível“, continuou a artista.
Lavínia elogiou o personagem que viveu na trama global, que era apaixonado pelo Padre Pedro (Nicola Siri), que largou a batina para viver esse amor proibido: “Quando recebi o convite, eu falei, ‘meu Deus do céu, que personagem incrível’, me aguou a boca como atriz. Era uma personagem que tinha tudo na vida, morava num hotel, tomava champanhe o dia inteiro, mas era muito infeliz, tinha perdido os pais, os filhos, ou seja, era um papel maravilhoso, mas eu achava que ele não ia ser bem aceito pelo público“.
Finalizando o papo, a famosa mostrou-se surpresa com a boa recepção do personagem na época: “As pessoas amavam, torciam para ela ficar com o padre, diziam que queriam ser igual a ela. O que mais me surpreendeu foi que, num país católico e na época mais conservador que hoje, aceitaram aquela personagem e torciam pela felicidade dela“.
