Lázaro Ramos reflete sobre racismo e relembra início de carreira

Lázaro Ramos desabafou sobre racismo

Lázaro Ramos

Lázaro Ramos desabafou nas redes sociais (Imagem: Fabiano Battaglin / GShow)

Lázaro Ramos usou suas redes sociais para aderir ao movimento Blackout Tuesday, na última terça-feira (02), que apoia toda a comunidade negra mundial. O ator da Globo entrou na onda do “apagão” para que suas publicações entrem na corrente de protestos.

As movimentações online e nas ruas estão acontecendo em muitos países do mundo, inclusive no Brasil por causa da morte do americano Gerge Floyd, que foi asfixiado por um policial, nos Estados Unidos durante uma ação da polícia.

Ainda no Brasil, os movimentos acontecem por causa da morte do menino João Pedro, 14 anos, que morreu baleado em um operação da polícia militar do Rio de Janeiro.

Pelo Instagram, Ramos fez um desabafo a respeito do assunto e se manifestou. “Sobre o direito a vida. Quando eu tinha 15 anos de idade entrei para o bando de teatro Olodum. Lá conheci um espetáculo chamado Ó PAÍ Ó, que para além dos personagens carismáticos, linguajar diferente e o retrato de um pelourinho, tinha como tema central a denúncia do extermínio de crianças”, começou o ator.

“Hoje, com 41 anos de idade e depois de ter vivido na arte e nos palcos vários assuntos, um que não saiu nunca foi a denúncia do extermínio das nossas crianças. O que nós enquanto sociedade caminhamos? Ao falar sobre isso nas artes o ideário é que nos sensibilizemos e nos sintamos capazes de contribuir para a redução das violências”, prosseguiu.

“Hoje, o que vejo por algumas pessoas é omissão e por vezes celebração ou normalização das mortes. Já me falta repertório pra falar sobre esse assunto. Poucas frases novas surgiram que sejam diferentes desses vídeos. Em meio a uma pandemia e em uma comunidade polarizada como a que estamos tudo piora. Infelizmente teremos que falar ainda mais. E as mensagens ditas quando eu tinha 15 continuam valendo. Mas precisamos acrescentar que isso junto com uma política do ódio, onde parece ser natural tantas morte e violência e a narrativa de que não há o que fazer ou o que falar que nada mudará, a angústia aumenta”, observou.

“É necessário repetir: Sim, a justiça é possível. Sim, valorizar a vida é necessário. Sim, é preciso se indignar. E sim, somos cidadãos desse país e assim temos que ser tratados. Através de um projeto que lute por uma comunidade mais justa para todos. Essa é a meta. Olhar pra todos. Me recuso a acreditar que o que nos sobrou foi a barbárie. E acabo este textão com arte. Passei a semana escutando Refavela, Realce e Refazenda. Três álbuns de Gil onde ele fala de revisões e reconstruções“, disse o famoso.

“Nos meus delírios sensoriais, comecei a compor uma nova nação. O senhor me falava sobre Reconstrução, sobre um ReBrasil. Onde Resgatamos nossa capacidade de nos sentirmos parte do problema e da solução.Todo gesto é bem-vindo. Caminhemos pra um Rensacimento. Chega de mortes”, finalizou Lázaro Ramos.

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Da Redação
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