Lázaro Ramos contou em entrevista a Tatá Werneck, no “Lady Night”, que por muito pouco não interpretou o Cirilo em uma novela do SBT.
O ator aproveitou para falar da sua infância durante a entrevista a Tatá, que rendeu vários momentos hilários, inclusive com uma discussão acalorada sobre a borda da pizza e o biscoito recheado.
Lázaro falou que quase deixou Salvador e foi fazer novela no SBT, nos anos 90. “Fui ator mirim, quando tinha 10 anos fazia alguns programas na TV local. O SBT estava fazendo uma versão de ‘Carrossel’, ‘Colégio Brasil’”, relembrou.
“Eu fui selecionado para ser o Cirilo brasileiro. Não fui porque o salário era baixo e meu pai não me deixaria ficar sozinho em outro Estado sem ele“, disse. A novela foi exibida em 1996 e contava com Giuseppe Oristânio e Patrícia de Sabrit no elenco.
Ele, diferente do que muitos imaginam, foi uma criança sempre no quintal de casa e muito estudioso. “Eu era menino criado preso em uma casa com quintal, muito estudioso, seríssimo. Minha família não deixava eu brincar na rua, mas ao mesmo tempo era uma família muito afetuosa, que se reunia para rir junto. Só virei aluno extrovertido quando fui para a escola pública, comecei a fazer teatro“.
A profissão no teatro causou problemas entre ele e o pai. “Meu pai a princípio não queria que eu fizesse por medo da dificuldade de se manter. Um dia ele foi ver minha primeira peça. Quando acabou ele me segurou, não me disse nada, mas com o olhar dele senti que ele não podia dizer com palavras que me autorizava a ir atrás do meu sonho. Eu não esqueço esse olhar dele nunca“, confessou.
Tatá Werneck fez Lázaro falar do filme “Cinderela Baiana” (1998), protagonizado por Carla Perez e que ele fez parte do elenco. “Você quer falar desse assunto? Olha, Tatá (risos), veja: um menino, necessitado de ter seu espaço, de aparecer um bocadinho, te chamam para fazer um filme desse, o que você faz? Aceita e luta para fazer. Batalhei, fiz teste, me empenhei e achava que ia ser bom“, afirmou. O longa foi muito criticado pela imprensa.
“É o filme que faz com que eu permaneça como ator. Eu trabalhava no hospital nessa época, ganhava um salário mínimo. O filme começou a atrasar, tinha multa por atraso. Recebi 30 salários mínimos de cachê, pensei: tenho 30 meses para dar errado. Botei tudo no banco, pedi demissão do hospital e comecei a ser só ator“.
Lázaro também lembrou o início do relacionamento com Taís Araújo. Hoje, eles têm dois filhos: João Vicente, de 7 anos, e Maria Antônia, de 3. “Ela era noiva. Eu estava gravando [o seriado] ‘Sexo Frágil’ ela ‘Da Cor do Pecado’. Mandei flores para o estúdio dela, ela mandou de volta“.
“Eu tinha uma ficante, peguei um táxi e fui com o buquê. Ela disse ‘é pra mim?’ Era amiga de uma amiga de Taís. Eu sem saber de nada encontro Taís numa festa, ela bate no meu ombro e diz: ‘se eu soubesse que você ia dar a flor que eu te dei para outra mulher, não tinha te dado’. Todo errado. Sei que errei, pago por isso até hoje“.
Lázaro e Taís têm um “acordo de trabalho” um com o outro. “A gente não dá toque de carreira. Durante um tempo já, mas depois a gente entendeu que tem tanto crítico no mundo que a gente tem que apoiar um ao outro“.
O relacionamento de 14 anos segue muito bem. “A gente ainda dorme junto, conversa muito, isso alimenta o casamento. A gente se fala todo dia, tem piada para contar e se diverte muito junto“, garantiu
Ainda teve tempo para falar sobre o fim do casamento de Bruna Marquezine e Neymar, um dos pontos altos da entrevista. “O que você acha do casal ‘Brumar’ que sempre termina quando a gente está torcendo por eles, achando que vão casar?”, questionou a apresentadora, com “lágrimas” nos olhos.
“Gente, eu estou acompanhando essa novela há tanto tempo…”, brincou Lázaro, arrancando gargalhadas da plateia.
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