Live de Bolsonaro com líderes religiosos e Iris Abravanel vira caso na Justiça

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Live de Bolsonaro com líderes religiosos e Iris Abravanel causou polêmica (Imagem: Reprodução/ Facebook)

A Celebração de Páscoa, uma live em que Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu líderes religiosos, com a mediação de Íris Abravanel, esposa de Silvio Santos, voltou a virar assunto. Desta vez, o motivo é que a transmissão foi parar na Justiça.

Tudo aconteceu no domingo de Páscoa, em 12 de abril, quando o presidente realizou a live, durante mais de 2 horas. A ideia do político era celebrar a data e compartilhar mensagens de paz. Porém, a transmissão foi exibida nas redes sociais do presidente e também na TV Brasil.

De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o uso da programação da emissora pública para o encontro virtual com representantes do cristianismo e do judaísmo violou a Constituição, o princípio do Estado laico e a legislação que criou a EBC (Empresa Brasil de Comunicação), na visão da Atea (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos).

Por isso, a entidade entrou na Justiça Federal contra o governo, o presidente da República e a EBC, solicitando que Bolsonaro fique proibido de repetir iniciativas do tipo e seja condenado a pagar R$ 100 mil por danos morais coletivos.

Ainda segundo a publicação, nesta terça-feira (12), o juiz Waldemar Claudio de Carvalho negou o pedido de liminar. Em texto, ele diz que “não se pode confundir laicidade do Estado com ateísmo” e que esse princípio constitucional “não requer a negação ou indiferença ao Deus criador ou mesmo impede a manifestação em Sua crença por quem quer que seja, inclusive o presidente da República”.

Na live, Iris Abravanel, que é evangélica, rogou a Deus para abençoar o Brasil e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O padre-cantor Reginaldo Manzotti, por sua vez, entoou um de seus sucessos. O pastor Silas Malafaia decidiu citar trechos da Bíblia.

O presidente abriu e fechou a transmissão. Em sua primeira declaração, ele não citou o novo coronavírus diretamente, mas fez referências ao atual momento do país. “Um país precisa ser informado do que realmente está acontecendo. Não através do pânico, mas através de mensagem de paz, de conforto. Cada um tem de se preparar para a realidade”, afirmou.

Já no encerramento do encontro, o presidente se emocionou ao relatar “dois milagres”. O primeiro teria sido a sobrevivência à facada que levou em 6 de setembro de 2018. Já o segundo foi a sua eleição para a Presidência da República em outubro do mesmo ano.

Da Redação
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