Leonardo Brício está feliz com nova fase (Imagem: Reprodução / Extra)
Há seis anos sem fazer novelas e longe da telinha, Leonardo Brício está se dedicando apenas ao teatro, mais especificamente a sua companhia, OmondÉ, que criou em 2009. Com 34 anos de carreira e 55 de idade, o ator fala sobre o futuro e faz um apanhado da trajetória que traçou.
“Me assustei mais quando eu fiz 50. Depois fui me acostumando. Quando eu era criança, ouvia falar que a gente ficava velho com essa idade. Mas depois eu vi que não tem nada a ver. Hoje me sinto muito bem fisicamente. Nem com 30 anos eu estava tão bem. Com o tempo, você vai se conhecendo, conhecendo o seu corpo, os seus limites, tendo uma consciência corporal. Me sinto bem melhor em tudo”, contou ele em entrevista ao jornal Extra.
Desde que criou sua companhia, o ator começou a fazer uma peça atrás da outra. Atualmente, está em cartaz com “Isaura Garcia, O Musical”, na qual vive Teófilo, um diretor de rádio famoso e o primeiro amor de Isaurinha.
O amor pelos palcos é antigo, pois foi lá que tudo começou. Brício iniciou sua carreira no teatro depois de largar a faculdade de Desenho Industrial. Após sair da TV, o artista deu aula no Tablado por 4 anos, mas hoje vive apenas do dinheiro que ganha das peças e de suas economias.
“Nunca fui muito gastador e sempre me preocupei com o dia de amanhã. Aprendi a administrar a vida de uma forma mais econômica. Mas viver só de teatro é bem mais complicado. A minha companhia, por exemplo, tem horas que trabalha com dinheiro, tem horas que trabalhamos sem dinheiro nenhum. A gente vai variando entre o pouco e o quase nada e se adaptando. Como comecei no teatro, sempre tive o pé no chão e sabia que as coisas eram transitórias. Um dia você está na crista da onda, outro dia não está mais”, refletiu.
Entretanto, o ator confessou que está aberto a propostas para retornar à televisão, porém revelou não ser do tipo que bate na porta das emissoras para procurar trabalho. “Volto em cartaz com ‘A Mentira (de Nelson Rodrigues)’, em São Paulo, e depois já tenho outra peça para fazer. Viver de teatro é mais complicado, claro, mas não tenho do que reclamar de falta de trabalho”, disse.
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