Uma menina chamou a atenção nas ruas do Rio de Janeiro com um cartaz nas mãos dizendo que trocava máscaras de proteção contra o coronavírus por comida. Luciano Huck tomou conhecimento da história por causa de famosos como Nego do Borel e Jonathan Azevedo e encontrou a criança com a ajuda da sua produção.
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Tudo começou quando o funkeiro mostrou a imagem em que a garota empunhava o cartaz. “Meu Deus”, declarou no Instagram. O ator, por sua vez, não segurou as palavras: “Essa foto me machuca, porque eu me vejo nessa foto. Eu me vejo nessa foto. Vejo meus familiares nessa foto, a história do Brasil está nessa foto. A gente tem que ter um pouco de empatia”.
Por meio de um vídeo na rede social, o apresentador da Globo afirmou que seus pensamentos nas últimas horas se resumiram à imagem que circulou na web. “Ontem à noite, quando deitei na cama para ir dormir, eu tava olhando as redes sociais e, sendo justo, eu olhei o perfil do Nego do Borel, meu amigo que eu gosto, e eu vi essa foto. Isso me cortou o coração mesmo. Aí eu postei essa foto na sequência perguntando se alguém sabia quem era essa menina”, disse.
Luciano anunciou que Giuline, que esteve com ele na produção do Caldeirão, encontrou a criança após pesquisas e descobriu seu nome, Ana Júlia, e seu paradeiro. Ela mora com a mãe, Silvana, a tia e três irmãos. “Nunca na minha vida, é a primeira vez, mas eu tenho vergonha dos outros acharem que eu estou pedindo, que eu estou usando minha filha para poder pedir, e eu jamais faria isso”, desabafou Ana em videoconferência com o global.
O famoso questionou se era a primeira vez que faltava comida em casa, e Silvana respondeu: “Faltavam algumas coisas, coisas que a gente daria um jeito, mas agora foi de verdade. Você abrir um armário e não ter nada para comer. Não ter dinheiro para comprar um pão para o filho”. Em seguida, ele solicitou os contatos da mulher e afirmou que iria ajudá-las.
Ao jornal O Globo, Luciano Huck explicou a busca pela história de Ana Júlia. “Fiquei imaginando os meus filhos, que têm a mesma idade, naquela situação. Como eu tenho dito com bastante frequência: a solidariedade tem que ser mais contagiosa que o vírus”, argumentou.
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