Luciano Huck aproveitou um momento do Domingão, da Globo, de ontem (3), para mandar uma cutucada em aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele manifestou a sua indignação diante das denúncias de assédio moral e sexual que derrubaram Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica Federal.
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O apresentador da Globo não citou nomes, porém falou da evolução sociedade brasileira para debater o machismo. Isso ocorreu durante conversa com Murilo Benício, que dá vida ao Tenório (Murilo Benício) de Pantanal, citado como exemplo.
“Você faz tão bem os seus personagens, é um ator tão intenso. No caso do Tenório, é uma coisa tão positiva como o tempo mudou a leitura do personagem”, discursou o global.
Luciano Huck ainda acrescentou: “Quando Pantanal foi ao ar pela primeira vez na Manchete, o que chamava a atenção no antagonista era a grilagem de terra, o roubo de gado, o que quanto ele era desonesto. Eu acho que, dessa vez, o que incomoda, o que gera certa revolta é o comportamento machista”.
“[Discutir] o desrespeito à mulher mostra uma certa evolução da sociedade, que mudou o incômodo”, comentou ainda o artista, que, então, menção ao noticiário político:
“Essa semana, inclusive, você pega executivos de altíssima patente perdendo os seus empregos por assediarem mulheres. E todo mundo se mobilizando. Esse papel, por mais que seja o mau da novela, cumpre um papel muito importante”.
Luciano Huck corta Gilberto Gil ao falar da Ditadura Militar
Na semana passada, Huck foi muito criticado no Twitter com uma atitude durante conversa com Gilberto Gil. O apresentador prestou homenagem ao artista, mas acabou cortando o convidado no momento em que ele falava sobre as pessoas que pedem a volta da Ditadura Militar (1964-1985).
Tudo aconteceu quando o cantor lembrou da sua prisão. “Nós [Gilberto e Caetano Veloso] fomos presos no dia 27 [de dezembro, de 1968], quinze dias depois do AI-5. E, aí, passamos janeiro, fevereiro, saímos na quarta-feira de cinzas da prisão. Aí, ficamos em prisão domiciliar em Salvador mais seis meses e saímos para o exílio em julho de 1969“, lembrou o famoso.
Luciano Huck, então, reagiu, chamando a atenção do seu público: “Só para a juventude que nos assiste, eu acho importante”.
“Você imaginar que por você ter divergências políticas ou por você ter opiniões diversas você passa quatro meses na cadeia e seis meses em prisão domiciliar por pensar diferente do outro, você vê a insanidade que é hoje em dia as pessoas tentarem discutir que você não pode pensar diferente do outro”, acrescentou o apresentador do Domingão.
Gil, então, lamentou: “E muitos até querendo que aquele modelo de governança, aquele modelo de hegemonia do Estado volte, querendo… Tanta gente querendo a ditadura de novo”. Huck, porém, decidiu mudar o assunto: “Agora é o seguinte, vamos voltar à vida de Gilberto Gil. Vocês não querem ver a cozinha como ficou?”.
