O ex-presidente Lula reuniu na última quarta-feira (18) nomes conhecidos do mundo artístico para um ato político no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Além do cantor Agnaldo Timóteo, o manifesto que contou com ataques ao Governo Bolsonaro foi acompanhado por nomes da Globo, como Dira Paes, Emiliano D’Ávila e Osmar Prado.
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DJ Penna deu início ao ato às 19h, com um representante dos coletivos de hip hop Jovem Cerebral, que incentivou o público a cantar músicas de sucesso de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Tribalistas. A emoção tomou conta quando foi tocado Apesar de Você, de Chico Buarque, considerada um hino da época da ditadura.
Osmar Prado pegou o microfone e fez um discurso que tirou lágrimas do ex-presidente. “Ao se entregar, Lula começou a derrotar seus algozes de dentro da cadeia. Qual o país que não asilaria Lula? Mesmo preso, ele ganhou o prêmio Nobel. Dez mil Moros, 10 mil Bolsonaros não chegariam ao dedo mindinho do presidente Lula, que a prensa esmagou”, declarou.
Beth Carvalho (1946-2019), apoiadora do governo Lula e do PT, foi homenageada. A lembrança veio pela voz de Alice Prado, que cantou o samba-enredo da Mangueira, História pra Ninar Gente Grande, campeão do Carnaval 2019.
Em seu discurso, Lula não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro. “Cultura é vida e este governo prega a morte. O governo Bolsonaro é contra todas as formas de expressão”, avaliou.
O líder da esquerda destacou um tweet do apresentador Fábio Porchat, que disse aos internautas que “Bolsonaro não governa, se vinga”. “É uma vingança a cada um de vocês, que trataram de gritar, gravar, cantar, grafitar e escrever: Ele não”, argumentou.
O discurso também deu espaço para ironia. O petista lembrou da acusação que Bolsonaro fez ao ator Leonardo DiCaprio, dizendo que ele financiou as queimadas na Amazônia. “Daqui a pouco vão dizer que sou filho do Leonardo DiCaprio”.
No encerramento, Lula citou Fernanda Montenegro, um dos alvos do atual governo. “Fernanda Montenegro em 30 segundos olhando para uma câmera, fez muito mais que o Bolsonaro em 30 anos para o Brasil”, apontou.
