Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, ator morto em maio deste ano por complicações da Covid-19, negou o convite para uma participação na última semana de depoimentos da CPI da Covid, em Brasília. “Não vou me prestar a isso”, avisou.
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Em entrevista ao jornal O Globo, Déa Lúcia contou que foi convidada nesta semana. “Não vou participar de jeito nenhum. Essa CPI virou uma CPI política, comandada por Renan Calheiros e Omar Aziz. Você acha que é séria e que vai dar em alguma coisa? Já estão em ano eleitoral”, avaliou.
“Não vou me prestar a isso. Vou fazer meus discursos no momento certo, nas minhas redes, e como fiz no Criança Esperança e no programa da Ana Maria (Braga). Me meter com política eu não vou”, reforçou.
Avó de Romeu e Gael, filhos de Paulo Gustavo e de Thales Bretas, afirmou que o Congresso já encontrou motivos suficientes para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido):
“Eu agradeci o convite e disse que não iria. Já tivemos mil coisas para fazer o impeachment desse cara. O Centrão tem coragem? Vou me meter nesse ninho de gato? Nunca me meti, não vou me meter agora. Vou me meter no momento certo, de acordo com o candidato que tiver. Se surgir uma terceira via. Me parece que está pintando, mas não tem nada confirmado”.
“Se aparecer, vou para as redes sociais. Mas bater palma para Renan Calheiros?”, questionou ela, se referindo ao relato da comissão. “Só se eu fosse muito louca. Só se fosse para o Paulo Gustavo ressuscitar e dizer: ‘Mãe, vou dar na sua cara'”, disparou.
Déa Lúcia foi alvo de partidos políticos para uma possível candidatura ao Senado em 2022. “Como usam o nome dele. É impressionante”, lamentou. “Se precisarem de mim para uma campanha séria, para crianças e para idosos, eu vou. Pode me telefonar. Para política, não. Achei que seria uma CPI séria, mas não foi. Não vai dar em nada, vai acabar em pizza”, apostou.
