Maitê Proença revelou, em entrevista para Monica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, que sentiu medo da morte em abril deste ano quando foi diagnosticada com a Covid-19. A atriz manifestou sintomas durante os dez dias que ficou em quarentena, além de sentimentos causados pelo temor da doença.
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“Eu fiquei fantasiando coisas horrendas. Lia sobre trombose, aparecia tudo, não foi nada bom. Houve dias em que precisei ficar quatro horas deitada pra recobrar a energia. Tive um sintoma estranho, uma espécie de tensão imensa no maxilar, pescoço e ombro misturada com uma salivação meio amarga, não sei descrever“, lembrou.
Nos cinco meses que passou por isolamento social em seu apartamento no Rio, a artista contou que espantou a ansiedade ao se apegar em atividades. “Não fiquei parada pensando em desgraças. Saí pra caminhar na praia, de máscara e prendendo a respiração se alguém se aproximasse mais do que a distância segura. Caí no mar vez ou outra. E estive na casa de minha filha“, resumiu.
O trabalho também foi responsável por “furar” o isolamento social, quando foi ao Teatro PetraGold, na zona sul carioca, para fazer ensaios do seu monologo autobiográfico O Pior de Mim. A peça é encenada no palco e assistida virtualmente.
Neste período de quarentena, Maitê também foi alvo de chacota ao gravar um vídeo no qual ensinava as pessoas a fazerem faxina. Ela garante, no entanto, que a repercussão negativa não a abalou. “Eu gostaria de poder não provocar nenhum tipo de animosidade em ninguém, que todo mundo pudesse me julgar bem, mas a essa altura da vida já entendi que isso nunca vai acontecer. Mas há outros motivos pelos quais as pessoas não gostariam de estar na minha pele. Nem tudo é um aspirador de pó de melhor qualidade“.
“O público tem uma tendência a colocar quem eles veem na televisão, nas séries e nas novelas num púlpito quase sagrado. Quando você desce dali, não perde nada, só ganha com uma comunicação mais verdadeira. É uma ilusão achar que você é adorado“, analisou.
Em maio deste ano, a ex-global esteve em meio a uma polêmica com Regina Duarte, devido a cobranças feitas a atriz que exercia o cargo de Secretária da Cultura, no governo Bolsonaro. “Fui a primeira a defender o direito da Regina a seu pensamento individual, à sua postura política, ainda que diferisse da minha“, disse Maitê. “Me senti no direito de pedir que, depois de três meses no cargo, ela desse satisfações à classe e explicasse quais as medidas em andamento para mitigar a crise em que cinco milhões de trabalhadores das artes estavam afundados“, justificou.
Hoje, em meio às queimadas do Pantanal, Maitê Proença perdeu as esperanças da saída de Bolsonaro do poder antes das próximas eleições presidenciais. “Isso me preocupa muito e é mais importante do que o governo Bolsonaro. A essa altura, se com tudo o que a gente lê nos jornais ele ainda não caiu, resta esperar pacientemente até que o tempo passe, as coisas se ajeitem e as pessoas votem com mais consciência“, ponderou.
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