Maju Coutinho lança fala forte sobre racismo e se emociona no Fantástico

Maju Coutinho
Ao vivo, Maju Coutinho desabafa após Fantástico exibir reportagens sobre mortes de Durval e Moïse (Imagem: Reprodução / Globo)

Maju Coutinho abriu o Fantástico do último domingo (6) com uma mensagem forte contra o racismo. A âncora da Globo entrou no ar depois que a revista eletrônica exibiu uma reportagem sobre a morte de Durval Teófilo e Moïse Kabagambe.

Antes da exibição do material colhido pelo Fantástico, Maju abriu a edição com uma frase forte: “Duas câmeras de segurança, dois corpos pretos, dois assassinatos”.

A repórter Sônia Bridi deu detalhes sobre a história dos dois. “Eles tinham em comum a pele preta e a coragem de cruzar obstáculos imensos para escapar da violência. Moïse fugiu do Congo só com os irmãos. A mãe mandou primeiro os filhos para o outro lado do Atlântico, não poder vê-los doía menos do que o medo de vê-los mortos na guerra civil”, narrou.

A jornalista conversou com a viúva de Durval, que deu detalhes sobre o caso. O homem foi morto a tiros pelo vizinho na porta de casa em um condomínio de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

“Ele abriu a mochila para pegar a chave quando ele recebeu o primeiro disparo. Viu um preto na frente dele. Na mente dele, com certeza, automaticamente, é um bandido. Foi maldade. Foi racismo, sim”, acusou.

“Chegou perto do meu marido e efetuou o último disparo. Quando eu inventei de abrir a porta, eu dei de cara com a minha vizinha, com a mochila dele no peito, com o chinelo dele na mão”, descreveu.

Moïse foi assassinado por covardes próximo a um quiosque. O congolês de 24 anos foi imobilizado e morto com pelo menos 30 pauladas e golpes de taco de beisebol, dez anos depois de chegar do Congo com os três irmãos.

Um casal que testemunhou o socorro disse que viu os assassinos mentindo para os socorristas que Moïse tinha sido espancado na praia.

Maju Coutinho desabafa após matéria

No estúdio do programa da Globo, Maju Coutinho apareceu na frente do telão, que mostrou imagens de Durval e Moïse.

“É até difícil dar boa noite, mas boa noite na esperança de desestruturar o racismo no país, para mudar essa mentalidade de que preto parado é suspeito, correndo é bandido”, desabafou.

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Paulo CarvalhoPaulo Carvalho
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].