Marcelo Serrado chamou a atenção de muita gente quando participou, em 2016, de uma manifestação pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). Na época, o ator se mostrou um ferrenho apoiador de Sérgio Moro. Após tudo isso, o famoso sofreu muitos ataques e, por isso, mudou de postura em relação à política.
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“Imagina quantas pessoas que estiveram naquela passeata já mudaram de opinião? Mas que não são famosas e não têm uma voz pública? De certa maneira, eu mudei de opinião lá atrás”, disse o artista, que afirmou sempre ter votado em Marina Silva – apesar do apoio a Aécio Neves (PSDB) em 2014 -, à coluna de Mônica Bergamo.
Em seguida, ele acrescentou: “Esse fla-flu de você é de esquerda ou de direita, esse radicalismo, para mim, beira o fascismo, que é tanto de um lado quanto do outro. Não é um assunto que me interessa mais. Procuro tocar a minha vida e ser político no meu trabalho”.
“Há artistas que não se posicionam e os que se posicionam. Quem se posiciona vai tomar pau. Eu me posicionei lá atrás, de uma maneira, e no final das eleições [de 2018] eu fiz aquela campanha linda de vira-voto pelo [petista Fernando] Haddad”, lembrou o ator, atualmente no ar na reprise Fina Estampa, da Globo.
Apesar de não querer se posicionar, Marcelo Serrado criticou Regina Duarte, que esteve à frente da Secretaria Especial da Cultura do governo federal. “Eu tinha esperança de que, pela trajetória profissional, como uma atriz consagrada, ela criaria um diálogo com a classe artística. Nesse sentido, nada avançou”, desabafou.
“[Nós, atores] queremos voltar a ser abraçados e a abraçar as pessoas. Acho que vai ter um momento muito grande de o público querer voltar a ir ao teatro. As pessoas vão querer se divertir quando tudo voltar ao normal”, completou o artista.
