Márcio Canuto deixou a Globo em 2019, após 21 anos, e agora está trabalhando na Record durante a cobertura do Paulistão 2022. Apesar de sua marcante saída do canal carioca, o famoso deixou claro que não guarda mágoas e até sente lisonjeado.
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“A Globo me deu uma coisa que eu considero o prêmio mais valioso: o direito de eu me despedir ao vivo. Ninguém tá conseguindo isso. Até o Faustão não conseguiu. Aí eu refleti: Primeiro me senti lisonjeado e depois eu pensei: ‘Se eu for fazer ao vivo, como vai ser minha reação ao dizer que tô dando adeus? Como vai ser a reação do César Tralli, que é meu amigo irmão?’”, declarou o repórter ao podcast Vênus.
O jornalista, então, contou que preferiu uma decisão diferente para a sua despedida da Globo: “Eu queria me despedir aí na redação junto dos meus companheiros. Alguma ou outra pessoa sabe, montaram um megafone e eu começo a fazer minha despedida”.
“É hora do fechamento do jornal, quando ninguém para. Mas até meus companheiros da edição editores pararam. Não precisa dizer que chorei desesperadamente“, lembrou ele.
Márcio Canuto também detalhou a sua saída da empresa. “Tô lá discutindo a renovação do contrato, me explicaram que mudou o sistema, não seria mais PJ, seria CLT. Aí eu parei pra pensar… Já passei 20 anos sem um dia de folga, porque eu trabalhava em vários lugares e domingo eu tinha futebol. Era uma loucura. Aí falei: nessa altura do campeonato, vamos mudar, em vez de renovar o contrato, vamos fazer a paralisação”, desabafou.
“A diretora maravilhosa… Aí falei: ‘Cris, é o seguinte, eu queria que a Globo reconhecesse esse meu trabalho, estou aqui há tantos anos, vocês nunca me deram um projeto pra eu não dar um retorno, para eu não realizá-lo, então acho que cumpri meu papel’”, disparou.
O famoso, então, completou: “Eu não sou melhor do que ninguém, mas também não sou um ‘Zé Ninguém’. Então queria que a Globo reconhecesse isso e também dois anos de plano de saúde pra minha família… A Globo não titubeou”.
Márcio Canuto fala de ida à Record
Em entrevista ao podcast do canal paulista, o ex-global, que estava aposentado, revelou como tudo aconteceu:
“Eu tinha desejado não fazer mais nada. Acontece que o Clovis [Rabelo] me ligou e marcou uma reunião com ele e o [Antonio] Guerreiro. Eu vim aqui para dizer não. Eu estava acordando a hora que queria e ia dizer não. Cheguei aqui e senti um clima com tanta vibração, de tanta confiança no que eu poderia fazer e nem sei se sou capaz de fazer metade do que eles esperam, mas vou me dedicar para isso”.
“Eu saí daqui completamente mudado. Aconteceu de eu ter saudades do povão, de eu ter a necessidade de preencher a minha vida com outra coisa, outro tipo de sentimento e emoção. Na outra reunião a coisa foi muito mais efervescente e fizemos um contrato de cinco anos”, contou.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]