Marcius Melhem falou abertamente no Conversa com Bial sobre as críticas ferozes que o humor tem sofrido no Governo Bolsonaro e contou como lida quando os ataques vêm de Brasília, como foi no caso da paródia do seriado Chaves com o presidente Jair Bolsonaro, em janeiro.
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O comediante ressaltou o início do governo e afirmou: “Quando o humor consegue juntar uma referência clássica e uma referência política, pega muito na veia”. “Aí todo mundo que tem uma visão crítica sobre o governo reagiu positivamente, teve uma repercussão gigantesca e os apoiadores do Bolsonaro reclamaram”, continuou ele.
O global ressaltou que o humor político faz críticas ao governo, não ao país. “Os governos passam, o Brasil fica. O Estado brasileiro é uma correlação de forças, das quais a liberdade de expressão é um parâmetro fundamental. O humor é crítico de qualquer governo”, argumentou.
Em análise ao atual momento do país, Marcius Mellhem disse que as instituições ficam abaixo das pessoas, mas isso deve ser o contrário. “Respeito a instituição da presidência da República, mas tenho que criticar as pessoas que estão neste lugar, se elas merecerem críticas. Ao fazer a crítica a quem ocupa esse lugar, a gente está ajudando a promover ajustes na conduta e preservar a instituição”, apontou.
Marcelo Adnet, presente na conversa, lembrou dos ataques que sofreu na web e um, em especial, na rua. “Na rede social rola uma agressividade que você acha que vai ser agredido, mas na rua quase nada. Uma vez, quando fui no mercado, um cara começou a me xingar”, lembrou.
O famoso passou detalhes do ocorrido: “Eu estava carregado de sacolas, fui para o carro, ele continuou xingando. Tem essa coisa de botar um terror forte na internet para nos causar um pânico psicológico, para todo dia ter um absurdo novo e a gente começar a dar defeito”.
