A Fazenda 2019 terminou na quinta-feira (12) e Lucas Viana se tornou o campeão da 11ª temporada. No reality show, o modelo teve falas muito polêmicas sobre o autismo e causou revolta popular, inclusive de Marcos Mion, que é pai de um adolescente do Transtorno do Espectro do Autismo.
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O apresentador do agora finalizado programa da Record descreveu a situação ao desabafar na ferramenta Stories do Instagram: “O Lucas por diversas vezes usou as condições ‘autista’, ‘mongol’, ‘retardado’ de uma forma pejorativa, usando como um adjetivo, usando como forma de menosprezar alguém“.
Na sequência, ele explicou a razão de não ter dado essa bronca na TV, quando comandava A Fazenda: “Mas como profissional eu não poderia fazer isso, por mais indignado que eu estivesse. Até porque as pessoas estão no programa para serem julgadas por como elas são e quem elas são. As pessoas são julgadas pelas atitudes que elas tomam lá. E eu não faria de um espetáculo televisivo a educação de alguém“.
“Ontem mesmo eu falei com o Lucas, esperei baixar a poeira, expliquei e dei vários conselhos a ele. Eu falei: ‘Isso daqui não é um conselho, é uma ordem. Você nunca mais vai usar esses termos’. Ele já sabia, ele se mostrou envergonhado e me explicou que, na verdade, faz parte da criação dele, coisa que eu identifico“, disse Mion, já esclarecendo que aconteceu uma conversa privada com Lucas.
O apresentador ainda se ofereceu para ajudar: “Se ele quiser usar meu espaço no Instagram, para falar com a comunidade autista, está liberado. O que importa é ele como pessoa ter mudado, é ele hoje saber como tratar o próximo e como usar esse termo. Isso, pra mim, tem que ser feito fora das câmeras, para ele ir pra frente das câmeras com outra postura“.
“Ninguém tem culpa de onde nasce e como é criado, mas todo mundo tem obrigação de evoluir. Todo mundo tem que ter ajuda pra ter instrução e educação, e assim evoluir para achar um caminho melhor“, finalizou Marcos Mion.
Confira:
Mion comemora lei com nome do seu filho
Marcos Mion celebrou na última sexta-feira (13) a aprovação de uma lei sobre o autismo e que leva o nome do filho, Romeo Mion, de 14 anos. A nova lei, aprovada no Senado Federal, cria a carteira nacional de identificação do autista.
Agora, ela depende da sensação do presidente Jair Bolsonaro. Sancionado, o documento, que será válido em todo o território nacional, poderá ser emitido porque é portador da condição neurológica.
“Quanta emoção estou sentindo! Desde ontem me sinto andando em nuvens”, desabafou o apresentador da Record. “Me dediquei incansavelmente atuando nos bastidores para a aprovação da lei, somando ao trabalho destemido, de décadas, de todas organizações e movimentos autistas!“, disse.
Empolgado, Mion teceu elogios ao filho. “Eu consigo entender que o Romeo é um agente transformador não apenas da minha vida, mas agora de milhões de pessoas“, escreveu.
Além da emissão do documento, a lei determina que pessoas com autismo possam ter prioridade no atendimento em lugares públicos e exige que os cinemas ofereçam, uma vez ao mês, sessões para pessoas autistas, devidamente adaptadas.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.