O marido de Paulo Gustavo, Thales Bretas, abriu o coração em sua primeira entrevista após a morte do ator, aos 42 anos de idade, vítima da covid-19. No Fantástico, da Globo, neste domingo (9), o dermatologista falou sobre a perda do companheiro.
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“Ele estava presente em todos os ambientes. Ele via tudo que acontecia, sabe? Me chamava o tempo todo, gritando sempre, pela casa afora, às vezes eu ate não respondia, só pra ele aprender a me procurar andando. E essa ausência é avassaladora assim. É um silêncio que não fazia parte da minha vida há sete anos”, comentou o médico.
No programa, Thales, então, abriu o coração sobre os outros dois amores: Romeu e Gael, os filhos gêmeos do casal. “São os dois frutos do nosso amor, que eu vou levar para sempre. Vou amar por nós dois”, disse ele.
“Como eu queria que ele me ajudasse a educar da forma dele, passar os valores que ele tem. Paulo era uma das pessoas mais íntegras que eu conheci na minha vida, mais generosas, mais amorosas e mais protetoras”, acrescentou o viúvo de Paulo Gustavo.
Na entrevista, ele ainda contou que, em determinado ponto do início do relacionamento dele com o famoso, propôs que fossem apenas bons amigos: “Quer ser amigo, então vamos ser amigo tranquilo tranquilo, ele falava. A gente foi se apaixonando completamente um pelo outro. Foi um encontro de almas assim, como a gente era diferente”.
Sobre os filhos, Thales revelou que eles perguntam sobre o outro pai: “Minha foto de celular é ele com as crianças. E eles sempre pedem para ver papai Paulo, durante um tempo no hospital eu falava ‘papai tata’ porque eles me chamam de papai tata ‘papai tata vai no hospital porque papai Paulo tá dodoi”.
“Tento explicar, quando consigo, que o papai Paulo não tá mais dodói e virou uma estrelinha que está olhando lá de cima pra gente”, complementou ele.
Num outro trecho da entrevista, o viúvo de Paulo Gustavo lembrou da reação do marido ao descobrir que havia sido contaminado pelo coronavírus. “Quando ele descobriu que ele estava com o diagnóstico, ele ficou tão desesperado. Ele ficava em pânico. Depois ele teve febre, tosse, dor no corpo. Eu peguei também”, contou.
Dias antes de morrer, o intérprete de Dona Hermínia chegou a dar sinais de que poderia sobreviver ao momento complicado. “Abriu o olho devagarzinho, ele chegava a me responder, chegou a me ver. Tentava falar, mas não conseguia”, falou ele.
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1, onde escreve sobre TV, Audiências da TV e Streaming. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]