Martinho da Vila diz que Sérgio Camargo gostaria de ser branco e faz duras críticas

Martinho da Vila
Martinho da Vila é criticado após declaração (Imagem: Reprodução / Instagram)

Martinho da Vila está com 83 anos de idade e mais consciente do que nunca. Prova disso é que, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, o cantor fez críticas pertinentes a Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares.

“A Fundação Palmares era uma fundação criada para tratar dos assuntos da cultura negra, do negro no geral. Botaram aquele cara lá, o Camargo, bolsonarista radical. Ele é um preto de alma branca, como se diz”, acusou.

“No duro, ele gostaria de ser branco. Ele acha que ele é branco. Ele se sente branco. E ‘tem que acabar com essas coisas todas de preto’. Ele está lá cumprindo seu papel, que é acabar com a Fundação Palmares”, lamentou.

“Pra mim, a Fundação Palmares não existe mais. Ele não tá exercendo função nenhuma. Pra mim aquilo acabou, ele retirou uma porção de coisa lá e tal e eu acho que nós temos que criar uma outra fundação, aquela já era”, detonou.

Por fim, ao falar sobre seu nome ter sido retirado do panteão de personalidades negras da fundação, o músico comemorou: “Graças a Deus, que bom! Não quero ter meu nome ligado àquela organização, não”.

Recentemente, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Martinho da Vila fez críticas ao cancelamento do Carnaval em 2021, ao detonar o modo com o qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conduz a crise da Covid-19:

“O Brasil tá complicado, as coisas pioraram muito. Os contrastes sociais, a pobreza e a criminalidade aumentaram. Parece que estamos revivendo a Revolta da Vacina, e o presidente [Jair Bolsonaro] também ajuda nisso [com comentários críticos à imunização]. O chefe ajuda e tem seus seguidores. O retrocesso está ocorrendo de maneira clara. Eu acho que a gente vai ter de aturar ele [Bolsonaro] por mais tempo”.

Martinho da Vila ainda disse que gosta do contato com as pessoas, mas que vem evitando e tem tomado as devidas precauções por conta da pandemia de Coronavírus: “Eu gosto de falar com as pessoas e apertar a mão, mas não dá mais”.

O cantor ainda concordou que nem apenas adiar o Carnaval para o meio do ano seria uma decisão sensata, e que aguarda o retorno pacientemente:

“Fazer um carnaval em julho, com este país ainda sofrendo com a pandemia, não ia ser legal. A gente tá vivendo tudo diferente, essa confusão total, que a gente não tá nem com a cabeça muito carnavalesca. No ano que vem, já vai dar pra fazer legal, vai ser bom.”

Confira:

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Lucas MedeirosLucas Medeiros
Redator Publicitário e Gestor de Marcas. Formado em Comunicação Social pela UFRN, escreve desde 2011 sobre o universo televisivo, séries, filmes e novas mídias de forma conectada com as tendências da atualidade.