Matheus Nachtergaele relembra João Grilo em O Auto da Compadecida

Matheus Nachtergaele
Matheus Nachtergaele em cena de O Auto da Compadecida (Imagem: Divulgação / Globo)

A partir desta terça-feira (7), a Globo coloca no ar novamente a minissérie O Auto da Compadecida. Produzida por Guel Arraes, baseada na obra de Ariano Suassuna, a trama acompanha as desventuras de Chicó e João Grilo, interpretados, respectivamente, por Selton Melo e Matheus Nachtergaele, que conta como recebeu a notícia do retorno do personagem tão icônico.

“O João Grilo me marcou tão definitivamente – e a todos os brasileiros – que iniciar 2020 com essa reexibição proporciona um pensamento profundo. O Auto da Compadecida é fruto de um enamoramento do Brasil pelo Brasil naquele momento. Muitos filmes bonitos surgiram naquela época como Central do Brasil, Amarelo Manga, coisas lindas de que tive a honra de participar. Me sinto inspiradíssimo ao rever a paixão de todo elenco ao ser dirigido pelo Guel Arraes. Éramos todos muito apaixonados pela série, que deu origem ao filme e fez muito sucesso. Isso mudou profundamente a minha vida e a do Selton em relação ao afeto das pessoas com a gente, afirmou. 

Para o ator, os protagonistas da história fazem tanto sucesso até hoje por retratar a realidade do povo brasileiro. João Grilo e Chicó tentam sobreviver com humor a todos os poderes que muitas vezes fazem do nosso mundo um mundo pior. Eles lutam todos os dias por questão básicas de sobrevivência e acho que vem daí parte da empatia das pessoas pela obra. Gera uma identificação por estarmos todos tentando sobreviver a este mundo, analisou.

Nachtergaele ainda elencou quais lições pôde tirar ao dar vida ao personagem. “Este personagem me ensinou a ser feliz na tristeza, a rir nas horas mais perigosas e desgraçadas da vida. Gosto das cenas com Selton Mello porque foi um encontro especial, precisamos um do outro para que elas acontecessem como aconteceram. Mas me comovo também profundamente na hora do julgamento que a Compadecida livra o João Grilo do inferno. O Auto da Compadecida é uma obra definitiva sobre a brasilidade, calcada em histórias ancestrais e o João é um arlequim brasileiro”, avaliou.

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