Mauro Naves participou de uma conversa no podcast Qualé, Moré?, de Ivan Moré, e falou, pela primeira vez, os bastidores de sua polêmica saída da Globo, após 32 anos. Na emissora, inclusive, ele se consolidou como um dos maiores nomes do jornalismo esportivo brasileiro.
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“Foi triste e vexatório ser anunciado no Jornal Nacional. Não anunciou ali que eu estava demitido, mas a forma [com que a Globo] falou ali eu entendi que não iria ter volta”, confessou o repórter, que teve seu nome divulgado em nota no Jornal Nacional.
Cabe lembrar que ele foi afastado porque forneceu o telefone de Neymar da Silva Santos, pai de Neymar, ao advogado José Edgard Bueno, em troca de uma posterior entrevista exclusiva.
A Globo viu “evidências de que suas atitudes [as de Naves] neste caso contrariaram a expectativa da empresa sobre a conduta de seus jornalistas”, afirmou a nota da emissora, na época.
“Quando eu vi aquilo [no Jornal Nacional] é óbvio que você baqueia. Eu já achava que era um caminho sem volta. Você já começa a amadurecer a ideia [de demissão], continuei com a consciência limpa, não fiz nada que agredisse moralmente ou eticamente a TV, mas houve entendimento deles de que eu tinha que ter avisado”, contou a Ivan Moré.
Em sua longeva trajetória profissional, Mauro Naves participou de momentos históricos do esporte brasileiro, como a cobertura de seis edições da Copa do Mundo e fez a última entrevista de Ayrton Senna no Brasil. Antes de iniciar a carreira como jornalista, ele trabalhou no mercado financeiro e chegou a dizer não ao primeiro convite da Globo.
No papo, o famoso falou que Rivaldo ficou incomodado com uma suposta predileção de Galvão Bueno por Ronaldo Fenômeno na Copa do Mundo de 1998. Ele disse que, antes da semifinal da competição, o ex-jogador procurou o então repórter do canal carioca para fazer uma reclamação.
“Na Copa de 1998, quando o Ronaldo estava arrebentando, o Brasil iria jogar pela segunda vez em Marseille [na França], era semifinal. O Brasil se hospedou a uns 50 quilômetros de lá, pra não ficar com buxixo e tal. Eu fui destacado pra ir fazer a cobertura. Quando acabou o jantar, o Rivaldo me chamou de canto“, relatou o jornalista.
“Rivaldo falou assim: ‘Ô Mauro, será que o seu narrador pensa que não tem televisão lá no Recife?’ Aí eu respondi: ‘Como, Rivaldo? É claro que ele sabe que tem televisão no Recife’. Ele falou seu narrador, ele nem falou o nome [do Galvão]. Aí eu perguntei: ‘Por que, Rivaldo?’. ‘Porque ele não fala meu nome, só fala o nome do outro [Ronaldo]'”, revelou ele.
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