MP abre inquérito contra Monark após suposta apologia ao nazismo

Monark
Monark é alvo de inquérito do Ministério Público de SP (Imagem: Reprodução / Flow Podcast)

O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito contra Bruno Aiub, conhecido como Monark, por apologia ao nazismo. O documento também colocou o Flow Podcast no processo. Na última segunda-feira (7), o apresentador defendeu a criação de um partido nazista.

Na ação, os promotores alegam que a conduta do apresentador e do programa serão investigadas para determinar se houve divulgação de pensamento antissemita e a possível existência de dano moral coletivo, difuso ou social.

Por meio da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos, segundo o UOL, o Ministério Público pede que o YouTube retire do ar o vídeo citado e que encaminhe os comentários feitos durante a transmissão. Pelo menos 100 mil pessoas acompanharam a entrevista.

De acordo com o MP, o conteúdo nazista e antissemita “é inquestionável”. O documento é assinado pelos promotores Anna Trotta Yaryd e Reynaldo Mapelli Júnior, e do analista jurídico Lucas Martins Bergamini.

“Houve expressa defesa da criação de um partido nazista, como se este partido fosse decorrência do direito à liberdade de expressão. Não é. A criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIA+ e outras minorias”, diz um trecho do documento.

A Polícia Civil de São Paulo registrou uma denúncia para a apuração dos fatos junto a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, “tendo em vista tratar-se de autoria conhecida”.

Monark faz apologia ao nazismo no Flow Podcast

Na última segunda-feira (7), com a participação de Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB), o Flow Podcast deu voz a Monark, que mais uma vez apostou no discurso de ódio.

Desta vez, ele disse que “o nazista deveria ter o partido nazista reconhecido pela lei”, e completou: “Se o cara quer ser ‘antijudeu’, ele tem o direito de ser”.

Mesmo com os argumentos de Amaral, o apresentador do podcast se mostrou irredutível. Assim que o vídeo foi exposto nas redes sociais, o público reagiu em peso contra as declarações do influenciador.

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