O Ministério Público de Angola pediu na última quinta-feira (17) a condenação de quatro integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, além de outros ex-dirigentes da instituição religiosa no país.
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Por meio do seu departamento de comunicação, ao UOL, a Igreja Universal disse que o assunto “não é uma novidade” e afirmou que “seus oficiais são vítimas de um grupo de ex-pastores que, com o uso de violência, documentos falsos e mentiras espalhas pela imprensa, tentam expulsar a Universal do país africano”.
Na nota, a igreja do bispo Edir Macedo reafirmou “a inocência dos réus” e salientou que, “depois de ouvidas todas as testemunhas, nenhuma das imputações que o MP fez foi confirmada”.
IURD, do bispo Edir Macedo, se torna alvo da Justiça
Em denúncia feita numa ação judicial, testemunhas afirmaram que a instituição enviou de forma ilegal de Angola para a África do Sul cerca de US$ 30 milhões.
Fernando Henriques Teixeira, pastor e ex-diretor da TV Record África, foi apontado como o responsável pela transação. A operação teria começado em 2010.
“A imagem para representar o que acontecia em Angola era a de um saco sem fundo: tudo o que entrava saía”, declarou o ex-pastor angolano Tavares Armando.
Segundo a denúncia, confirmada pelos bispos em entrevista ao UOL, a cada três meses o valor era enviado para o outro país, totalizando US$ 120 milhões por ano.
Bispo perde o contro da igreja
O bispo Edir Macedo perdeu o controle da Igreja Universal do Reino de Deus no país africano. Os dissidentes acusaram a entidade brasileira de evasão de divisas e racismo.
Em abril de 2021, o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias da Informação e Comunicação Social determinou que a Record saísse do ar por causa de irregularidades com órgãos locais. O principal fator responsável pela decisão do governo era que o diretor-executivo do canal não é angolano, mas sim o brasileiro Fernando Henrique Teixeira.
“A empresa Rede Record de Televisão Angola Ltda., que responde pela Record TV Africa, tem no exercício de função de diretor-executivo um cidadão não nacional, e os quadros estrangeiros da empresa que exercem atividade jornalística no país não se encontram creditados nem credenciados no centro de imprensa Aníbal de Melo”, informou o Ministério.
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