Um dos expoentes do Cinema Novo – movimento que enfatizou, nas telonas, a igualdade social e o intelectualismo –, Nelson Pereira dos Santos, 89 anos, faleceu neste sábado (21), no Rio de Janeiro. Nelson fora hospitalizado quarta-feira passada (12), em razão de uma pneumonia. Constatou-se então um tumor no fígado, em estágio avançado, causa do óbito.
Primeiro cineasta brasileiro a ingressar na Academia Brasileira de Letras (ABL), onde será velado, Nelson angariou prêmios ao longo de sua trajetória com diretor. Como o OCIC, no Festival de Cannes, por “Vidas Secas” (1963); o Troféu Candango de “melhor diretor” e “melhor filme”, por “Tenda dos Milagres” (1977); e o Kikito de “melhor filme” por “O Amuleto de Ogum” (1974).
Integram a filmografia de Nelson Pereira dos Santos outras adaptações da obra de Jorge Amado, como ‘Tenda’ – “Jubiabá” (1987) – e Graciliano Ramos, de ‘Vidas Secas’ – “Memórias do Cárcere” (1984), que lhe rendeu o APCA de “melhor filme” e de “melhor ator” para Carlos Vereza. Também “Na Estrada da Vida” (1980), documentário sobre a obra da dupla sertaneja Milionário & José Rico.
Nos últimos anos, aliás, dedicou-se somente a documentários, como “Português, a Língua do Brasil”, “A música segundo Tom Jobim” e “A luz do Tom”. Nelson deixa a esposa, Ivelise Ferreira, quatro filhos e cinco netos.
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