Netflix declara guerra ao Disney+ e acusa concorrente de mentir sobre número de assinantes

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O vice-presidente de finanças e relações com investidores da Netflix acusou a Disney+ de inflar o número de assinantes na sua plataforma (Imagem: Divulgação / Montagem)

A recente chegada do Disney+, que fechou 2020 com 87 milhões de assinantes, acirrou ainda mais a guerra dos streaming. Diante da iminente ameaça da plataforma do Mickey, a Netflix partiu para a ofensiva e chegou a acusar a concorrente de inflar o seu número de clientes.

A declaração foi feita pelo vice-presidente de finanças e relações com investidores da Netflix, Spencer Wang durante a última a reunião trimestral que a plataforma promove com seus acionistas. “Não quero desmerecer o que a Disney conseguiu, porque é incrível e eu mesmo sou um cliente satisfeito, mas 30% desses 87 milhões de assinantes vieram do Hotstar”, alfinetou o executivo em referencia ao serviço de streaming lançado em 2015 na Índia, assimilado pelo Disney+.

Wang acredita que, na verdade, a empresa conquistou apenas 60 milhões, entre novembro de 2019 e dezembro de 2020, seriam de fato novos. Os 27 milhões restantes foram, adquiridos por herança dos antigos usuários da Hotstar. Para ele, a conta não fecha:

“Nós ganhamos cerca de 40 milhões de assinantes só no ano passado. E nossa receita por usuário é quase o dobro ou mais do que o dobro [da deles]. Então, se você considera esses fatores, e o fato de que temos uma penetração global”.

Indo na direção contrária, os chefões da plataforma do “Tudum”, Reed Hastings e Ted Sarandos preferiram demonstrar uma posição mais conciliadora. “Acho muito impressionante o que a Disney conseguiu. Isso mostra que os clientes estão dispostos a pagarem mais por novos conteúdos porque estão famintos por boas histórias. E assim nós ficamos animados para investir mais, aumentar”, discursou Hastings.

O CEO da plataforma, entretanto, revelou que pretende investir no filão de animações familiares, área dominada pela concorrente há mais de um século, e tida como as melhores do mundo.

“Queremos alcançá-los nas animações familiares, talvez até ultrapassá-los. E vamos manter nossa liderança em entretenimento geral, com projetos bem estimulantes como Bridgerton –que eu não acho que você vai ver no Disney+ tão cedo”

Sarandos, por sua vez, adotou uma postura mais amena, afirmando ter espaço para todos. “Isso prova que existe um apetite imenso para bom entretenimento, de todos os tipos. Nosso objetivo sempre foi produzir a sua série favorita, o seu filme predileto. Outros vão tentar fazer isso também, e as pessoas vão suplementar”, minimizou.

Da Redação
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