No ar no Tô Nessa, nova sitcom da Globo, Regina Casé refletiu sobre sua carreira e os papéis que fez.
Em entrevista ao portal Splash, a atriz analisou que as melhores personagens chegaram maturidade. Conhecida por fazer papéis populares, a famosa foi questionada se já chegou a se perguntar sobre isso.
“Mais ou menos, porque me resignei lá no começo. Acho até que fui muito mais longe do que eu imaginava. Quando comecei, eu poderia ter ficado confinada ao humor”, admitiu.
Filha de pais nordestinos, Casé apontou que seus traços impediam que ela fizesse uma mocinha em produções audiovisuais.
“A cara de pobre é sinônimo de cara de nordestino. E ser nordestino joga você para o humor imediatamente. Só o fato de você ter um sotaque já é uma palhaçada para eles [o mercado], uma coisa caricata, que você não pode ser levado a sério. Pensa um pouco sobre isso. É uma maluquice”, detonou.
Regina Casé aponta preferência do mercado
A contratada da Globo destacou que as protagonistas das tramas era novas, loiras e de olho azul. Sendo assim, logo viu que não seria uma mocinha. “Fui inventar o meu próprio espaço”, contou.
“O mundo piorou em várias questões, mas, pelo menos no aspecto das pautas identitárias, melhorou muito“, analisou Regina. “Agora, mais velha, tenho a Dona Lurdes, tenho a Zoé, tenho a Mirinda… O mundo deu uma melhorada nesse sentido. Além disso, a idade contribuiu: tudo bem uma pessoa da minha idade ter essa cara, mas a mocinha da novela, não“, emendou.
Caroline Bittencourt é jornalista, pós-graduada em Comunicação e Design Digital. Atua como redatora e produtora de conteúdo para as redes sociais. Colabora com o RD1 desde 2018. É especialista das editorias de Famosos, Moda e Televisão. Ama viajar, seja chegando em um novo destino ou em frente à TV assistindo uma boa série.