William Bonner e Renata Vasconcellos iniciaram o JN dando um choque de realidade no presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O telejornal mostrou que, enquanto o presidente Joe Biden, dos EUA, compra vacinas para distribuir para mais de 90 países, o “capitão” busca desautorizar o uso de máscaras.
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Logo na escalada do telejornal, a dupla destacou o desejo preocupante do Chefe do Executivo brasileiro. “Infectologistas manifestam perplexidade com o que consideram mais uma iniciativa temerária do presidente da República”, expôs William Bonner.
“Jair Bolsonaro fala em desobrigar milhões de brasileiros do uso de máscara na pandemia”, revelou Renata Vasconcellos. Foi a âncora quem chamou a reportagem sobre a posição alarmante do presidente.
“O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está preparando um parecer para desobrigar o uso de máscara para quem se vacinou ou contraiu Covid. Especialistas ouvidos pelo Jornal Nacional dizem que a medida é uma temeridade”, anunciou ela.
“Acabei de conversar com um tal de Queiroga, não sei se vocês sabem quem é, nosso ministro da Saúde”, disse Bolsonaro em evento no Palácio do Planalto. “Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscaras para aqueles que estão vacinados ou que já foram contaminados para tirar esse símbolo que obviamente tem utilidade para quem está infectado”, explicou.
O JN lembrou que uma lei aprovada pelo Congresso em 2020 e sancionada pelo presidente obriga o uso de máscaras de proteção individual para circulação em espaços públicos e privados acessíveis ao público, em vias públicas e em transportes públicos, e ressaltou que a mudança precisa passar pelo Congresso Nacional.
“O impacto da fala do presidente Bolsonaro é totalmente negativa para nós, médicos, que trabalhamos na linha de frente com a Covid”, declarou o infectologista Sergio Cimerman ouvido pelo JN.
Marcelo Queiroga, procurado pelo JN, confirmou que Bolsonaro já havia pedido a ele um estudo sobre o uso do acessório de proteção contra a Covid-19, mas afirmou que não tem uma decisão sobre o assunto e prometeu uma reunião com técnicos do Ministério da Saúde para tratar do assunto.
