Em entrevista à Folha de São Paulo, Celso Portiolli afirmou que não quer se meter com política e disse viver sua melhor fase à frente do “Domingo Legal”. Completando 25 anos de SBT, sendo 10 deles à frente do dominical, ele relembrou o início da carreira e afirmou que o negócio, com ele, é “pão e circo“.
Vindo do rádio, onde conseguiu rápida ascensão em Uberaba (MG), Curitiba (PR) e no interior de São Paulo, Celso começou no SBT após mandar sugestões gravadas em fitas para Silvio Santos. Começou ganhando menos que ganhava como locutor mas, logo, ganhou o “patrão”.
“Comecei a falar empolgado: ‘Sabe o sangue que corre nas suas veias, que ferve na frente da plateia, o melhor momento da sua vida é estar no palco? O meu também é. Eu venho de rádio, de shows, de palco, gosto disso’. Comecei a falar, falar, falar, falar, falar… Ele olhou para mim e falou, com os olhos brilhando: ‘Calma que o seu dia vai chegar’. Eu disse: ‘Nem que seja com 80 anos, eu vou ser animador de televisão’“, disse.
O pulo do gato foi quando Angélica saiu do SBT. Silvio o chamou para gravar um piloto e, de lá para cá, Portiolli emendou programa atrás de programa. Atualmente, à frente do “Domingo Legal”, tem vivido uma boa fase de audiência e, principalmente, de faturamento.
“Esse formato com três quadros (‘Passa ou Repassa’, ‘Xaveco’ e ‘Jogo das 9 Caixas’) está funcionando bem. Não precisa a cada domingo criar um programa novo, uma pauta nova com factual. Está funcionando bem assim comercialmente e de audiência“, afirmou.
“A minha meta nesses anos todos não foi só audiência, foi me transformar em um cara vendável para o SBT, porque não tem programa que dê prejuízo e fique na grade. Silvio diz que no SBT ele tem os três melhores vendedores do Brasil: ele, o Ratinho e eu“, brinca.
Sobre a política – um de seus anunciantes é a Havan, de Luciano Hang, principal defensor de Bolsonaro –, o apresentador desconversou. Disse que não vê problemas de o SBT receber a família Bolsonaro e que poderia haver um convite para Fernando Haddad (PT), mas fez questão de frisar que não vive de política.
“O meu negócio é pão e circo. Se eu quisesse ser político, eu ia ser candidato, não ia me meter em discussão política, ser ativista político. Ia ser candidato e ia ganhar fácil, mas não quero, não quero saber de política“, enfatizou Portiolli, que já foi vereador em Ponta Porã (MS) aos 24 anos.
“Torço pelo Brasil, sei quando o cara está indo mal, e quando está indo bem. Eu torço para o Brasil dar certo. A primeira coisa que as pessoas cortam quando o Brasil vai mal é mídia, e agora cortaram o dinheiro do governo também né? (risos) […] Não dá para avaliar ainda [o governo]. São seis meses… Vamos esperar mais um pouco“.
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