Claudia Souto é a autora de Cara e Coragem; novela estreia no fim deste mês (Imagem: Divulgação / Globo)
Coragem. É o que todos precisamos pra acordar todos os dias e enfrentar a vida. Foi pensando nisso que Cláudia Souto, autora da próxima novela das sete, Cara e Coragem, se inspirou para escrever a trama que estreia dia 30.
VEJA ESSA
“Minha inspiração vem do que quero colocar na roda. Em Pega Pega, era a ética. Agora, queria falar de coragem. Desde a macro até às pequenas decisões da vida”, conta a autora.
Desde a época da novela infantil Bambulua, em 2000, que Cláudia pensava em escrever sobre dublês:
“Esse é um assunto que nunca foi abordado em novelas e eu achava fascinante ver a coragem deles diante das câmeras. E depois, são anônimos, ninguém os reconhece nas ruas. Se eu quero mostrar explicitamente a coragem pra vida, vou falar de dublês”.
Para isso, Cláudia mergulhou fundo no assunto, participou de um workshop com o dublê Bobby Holland, um dos mais famosos de Hollywood.
Ao lado de Cláudia, para dar ação e vida aos personagens, a diretora Natália Grimberg, que acrescenta toques de comédia, romance e suspense na história:
“Quis trazer isso para as cenas de ação, atrelada às relações humanas. Quero dar sustos no telespectador, levar emoção”.
Para entrar no clima, o elenco passou por oficinas, muita preparação para levar verdade às cenas. “Eles estão fazendo de fato. Equipe toda é sensacional. Posso colocar humor, ter clima de romance , mistério. Ação pura não é nada, mas quando vem atrelada a atores sólidos, aí que pega”, finaliza.
Poesia
Depois do duelo de violas entre pai e filho, achei que demoraria mais um tempinho para Pantanal abalar nossas estruturas novamente. O capítulo de ontem (16) foi de uma sensibilidade tocante com as cenas da morte do peão Tião.
Foi lindo ver como autor e direção contaram uma história de amizade da maneira mais simples e carregada de emoção. Sem contar com a interpretação de Marcos Palmeira que, pelo olhar, mostrou toda a tristeza e o amor do personagem pelo grande amigo. Tudo embalado ao som da viola de Gabriel Sater e cenas de flashback. Obrigada, Pantanal, por mais uma poesia dessas.
Se em algum momento eu duvidei que o ritmo da novela pudesse desagradar ao público, hoje eu tenho certeza de que Pantanal veio pra, mais uma vez, ser um marco da teledramaturgia brasileira.
Fernanda Menezes Côrtes é jornalista, com mais de 20 anos de experiência em assessoria de comunicação, sendo os últimos onze anos voltados ao mundo do entretenimento e da televisão. Trabalhou na comunicação da Globo e do Canal Viva e como assessora de artistas.