Othon Bastos, Rodrigo Lombardi e Tony Tornado: elenco de “Carcereiros” comenta bastidores da série
Nill Marcondes e Rodrigo Lombardi em cena de “Carcereiros” (Imagem: Ramón Vasconcelos / Globo)
Em evento realizado recentemente em um galpão no bairro da Quarta Parada, São Paulo, a Globo lançou a série “Carcereiros”, que estreia na próxima quinta-feira (26) – com quinze episódios, sendo três inéditos (os outros já estão disponibilizados no Globo Play). O espaço abriga o presídio cenográfico no qual a equipe grava a segunda temporada da produção.
Na ocasião, o elenco contou detalhes do projeto. “Estar na penitenciária é a experiência máxima de onde o ser humano pode ir. Ali ele chega ao seu limite. Ao assistir às cenas, você se coloca no lugar do personagem e se questiona se faria ou se poderia fazer diferente”, analisa Rodrigo Lombardi, intérprete do protagonista Adriano.
O veterano Tony Tornado admitiu um de seus maiores medos, desde que fora convidado para “Carcereiros”: “O Fernando Grostein, um dos nossos diretores, apesar de ser muito jovem, tem toda uma convivência dentro dos presídios. Então, ele me ajudou muito até, acredite, a ter coragem de entrar em um presídio, que é muito difícil para mim”, conta.
Vale lembrar que a primeira temporada foi gravada na Penitenciária Feminina de Votorantim, São Paulo. Sobre o cenário, Ailton Graça ressalta a tensão do set. “Gravar uma série em um lugar como esse é sempre difícil. É difícil para mim, como artista, encontrar os momentos de respiro – quando digo respiro, é para tentar arrancar um riso, ou a ternura dentro de um sistema que é criado para oprimir”.
Por conta de seu casamento com Adriano, a professora Janaína, personagem de Mariana Nunes, também vivencia a realidade do presídio: “A Janaína não faz parte deste local diretamente, ela faz parte de um outro lado da vida do Adriano. A convivência que ela tem com ele é dentro de casa, mas sofre, sim, as consequências desse trabalho dele”, relata a atriz.
Já Othon Bastos destacou a excelência da série, na qual vive Tibério, pai de Adriano: “Achei o roteiro maravilhoso, cada capítulo era uma história humana, de grande vivência. A realidade era ainda mais violenta do que a ficção. Era preciso criar uma maneira de chamar a atenção justamente sobre o que está acontecendo, com humanidade”.
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