Patrícia Abravanel aceitou um convite polêmico e esteve ao lado de um foragido da Justiça na última sexta-feira (7). A apresentadora do SBT e filha de Silvio Santos acompanhou o marido, o ministro das Comunicações Fábio Faria, em um jantar com o blogueiro Allan dos Santos.
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O encontro foi realizado em uma igreja evangélica brasileira em Orlando, na Flórida. Além de Patrícia e Faria, que foi autorizado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) a participar do evento, Allan dos Santos conversou com o ex-jogador Rivaldo e com o pastor André Valadão, da Igreja Batista Lagoinha.
No material de divulgação, a igreja confirmou a presença do ministro do governo brasileiro, mas não mencionou Allan dos Santos. Faria discursou sozinho.
Patrícia Abravanel de frente para um foragido
Patrícia esteve na mesma mesa que o bolsonarista procurado pela Justiça. Em outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, determinou a prisão preventiva de Allan dos Santos.
O ministro ordenou a inclusão dele na lista da Difusão Vermelha da Interpol e acionou a embaixada dos Estados Unidos. A decisão veio depois de um pedido da Polícia Federal.
Fábio Faria nega que sabia da presença de foragido
O Blog do Noblat, do Metrópoles, informou que Fábio Faria estava ciente da participação de Allan no evento, e consultou Bolsonaro antes de aceitar o convite da igreja.
“E ouviu dele o seguinte conselho: é justamente em horas de aperto que não se deve abandonar os amigos. Bolsonaro costuma abandonar, mas no caso de Allan, tem feito tudo o que pode para protegê-lo”, escreveu o jornalista.
Igor Gadelha, também do Metrópoles, teve acesso ao texto enviado pelo ministro para um grupo de WhatsApp:
“Amigos, só para deixar vocês (sic) informados. Fui para um evento na igreja Lagoinha em Orlando do Pastor André Valadão que apoia o PR e é muito meu amigo e da família. Fui fazer uma palestra sobre o cenário político no Brasil com outros convidados”.
Ele disse que “de última hora chegou de surpresa o Allan dos Santos que as vezes (sic) apoiador do governo e outras muito crítico ao governo e membros do governo, eu por exemplo sou um alvo constante”.
“Enfim, quiseram ontem fazer uma grande matéria de que o governo brasileiro tinha ajudado ele a fugir e que a minha presença significaria um apoio do governo ao Allan. Fiz uma nota de que não sabia que ele estaria no evento e se eu soubesse eu não teria comparecido. A nota cessou as especulações”, afirmou.
A web reagiu em peso. “Normal. A mentira faz parte do modus operandi”, disparou um perfil no Twiiter. “Mentir é um ato natural e espontâneo do bolsonarismo”, apontou outro. “Deve-se investigar a relação dessa igreja com o crime organizado”, alertou um terceiro.
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