Pedro Cardoso abriu o jogo sobre o período em que deu vida ao Agostinho Carrara, na série “A Grande Família”, da Globo. No total, foram 13 anos atuando no seriado. Ao “Provocações”, da TV Cultura, ele falou sobre o “mais-valia” que fez a emissora ganhar dinheiro em cima de seu personagem.
“O Agostinho não me deixou rico. Quem ficou rica com o Agostinho foi a Rede Globo. A Rede Globo que é o capitalista naquele negócio, é que tem possibilidade de ficar rico. Tenho 57 anos e não tenho uma economia que me possibilite não trabalhar”, disse o ator.
“Se eu não acordar de manhã e for trabalhar, não tem uma estrutura de exploração do trabalho de outras pessoas que faz dinheiro para mim, onde eu apenas emprego o meu capital ali, não acho isso uma relação justa, acho isso uma relação que produz pobreza”, acrescentou ele.
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“Por isso digo que sou de extrema esquerda, sem o aspecto ditatorial, mas da convicção da responsabilidade social”, completou o artista.
Pedro Cardoso também afirmou que não suporta covardia e intolerância e aproveitou para criticar o que ele chama de “fascismo vigente no Brasil” do governo atual.
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“A pessoa que acha que o direito dela dá a ela o direito de se impor ao outro, como agora ‘Deus acima de tudo’, que é o lema do fascismo vigente no Brasil, como Deus pode estar acima de mim que não creio em Deus? Como alguém pode dizer para mim que o Deus dele está acima de mim?”, questionou ele.
“Porque quando alguém diz ‘Deus acima de tudo’, é o Deus da pessoa, não é o Deus de qualquer um. Qual Deus que está acima de tudo? Na história da humanidade, você sabe que todo mundo que fala em Deus, está na verdade escondendo sua vontade de ascensão social e de ganhar dinheiro”, finalizou na opinião sobre o bordão adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
