Sem nenhum pingo de sensibilidade e valor a vida do próximo, uma entrevistada de Roberto Cabrini surpreendeu no último domingo (7), no Domingo Espetacular. Pela primeira vez uma equipe de reportagem foi a fundo no pensamento de quem tem por prazer aglomerar em meio à pandemia de Covid-19.
VEJA ESSA
O jornalista e sua equipe produziram uma reportagem de cerca de 25 minutos sobre as festas clandestinas pelo país, em especial na cidade de São Paulo. Roberto Cabrini flagrou uma festa a portas fechadas no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, e chamou alguns nos jovens para uma entrevista.
Um casal aceitou conversar com a equipe de reportagem, e surpreenderam pelo descaso. “Vocês estavam na balada?”, questionou Cabrini. “Uhum”, respondeu a jovem. “Como é que vocês veem essa situação?”, perguntou o jornalista. “Normal!”, respondeu o acompanhante da mulher.
“De boa, porque assim… Não é culpa da gente. Não sou eu que estou morrendo”, disparou ela, que defendeu a sua ida para a balada mesmo com o risco de pegar o novo coronavírus e contagiar as pessoas ao seu redor:
“Acho assim: se estava podendo abrir até às 22h eu não via problema de estar todo mundo aí, entendeu. A casa funciona com mais pessoas e está com restrição. Eu acho que da mesma forma que a gente está indo para uma balada, da mesma forma que eu possa estar fazendo festa em família, eu vou estar passando [a Covid-19]”.
Em seguida, a entrevistada fez uma comparação sobre o contágio em uma festa com desconhecidos e uma reunião em família. “Se eu estivesse com Covid, porque eu andei na rua e peguei, aí vou para uma festa em família. Vou passar pelo mesmo jeito que aqui vai ser transmitido, entendeu”, afirmou a Roberto Cabrini.
Foi mais um recado clara da mudança de postura da Record na cobertura sobre a pandemia no país. Na última semana, uma opinião de Mariana Godoy ao vivo no Fala Brasil deixou claro a mudança de rumo do jornalismo da emissora paulista.
Confira:
