O show de Beto Falcão (Emilio Dantas) que culminou com a execração pública de Karola (Deborah Secco) – exposta no telão, em um vídeo aos beijos e amassos com Remy (Vladimir Brichta) –, aconteceu na mesma casa que abriga o roqueiro Gui Santiago (também Vladimir Brichta). É que “Segundo Sol”, novela de Beto, reverenciou “Rock Story” (2016), trama de Gui, na terça-feira (25).
Numa tomada da área externa do local, foi possível ver um telão anunciando a apresentação de Gui Santiago, protagonista do folhetim das 19h, de Maria Helena Nascimento. Em comum com a novela de João Emanuel Carneiro, a equipe de direção, com Maria de Médicis na direção-geral e Dennis Carvalho na direção artística. A referência, claro, repercutiu na web (confira abaixo).
Em “Rock Story”, Gui Santiago lutava para retomar a carreira, aplacada pelos maus conselhos do empresário Lázaro (João Vicente de Castro), pela separação de Diana (Alinne Moraes), pela rivalidade com o ídolo teen Léo Régis (Rafael Vitti) e pelo próprio comportamento, intempestivo e violento. O músico deu a volta por cima, com o apoio de Júlia (Nathalia Dill) e o agenciamento da banda 4.4.
Em “Segundo Sol”, Beto Falcão trilha o mesmo caminho. Ele retomou os trabalhos após admitir, durante o julgamento de sua amada, Luzia (Giovanna Antonelli), que se fingiu de morto por anos para lucrar com direitos autorais e homenagens. A guinada do cantor acompanha o declínio dos vilões; em especial, Karola, que passou a mão na grana do marido durante mais de vinte anos.
Histórico
Essa “interação entre novelas” é comum em casos de estreia. Fedora (Cristina Pereira), de “Haja Coração” (2016), apareceu no último capítulo da antecessora, “Totalmente Demais” (2015). Amália (Marina Ruy Barbosa), de “Deus Salve o Rei” (2018), surgiu no sonho de uma criança na trama que a antecedeu, “Pega Pega” (2017) – que, por sua vez, levou a protagonista Luiza (Camila Queiroz) a “Rock Story”.
Ainda, o “diálogo” entre folhetins exibidos simultaneamente, como “Pega Pega” e “A Força do Querer”, ano passado, e “Orgulho e Paixão” e “O Tempo Não Para”, em julho último. E citações “pregressas”, como a de “Rock Story” em “Segundo Sol”. Caso, por exemplo, de Odete Roitman (Beatriz Segall) em “Vale Tudo” (1998), reverenciando Lourdes Mesquita (também Beatriz), de “Água Viva” (1980).
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