Quem está atualizado com as últimas notícias, certamente tomou conhecimento do polêmico A Primeira Tentação de Cristo, dirigido por Rodrigo Van Der Put em parceria com o Porta dos Fundos. O filme causou polêmica ao trazer uma sexualidade controversa a personagens bíblicos.
VEJA ESSA
O longa mostra Deus (Antonio Tabet), Maria (Evelyn Castro) e José (Rafael Portugal) como um triângulo amoroso. Jesus Cristo (Gregório Duvivier), por sua vez, aparece como gay e retornando de uma viagem de 40 dias pelo deserto com Orlando (Fábio Porchat), seu namorado.
Religiosos cristãos tomaram tal abordagem como ofensiva e teceram críticas ao filme, aos atores, ao grupo de humor e aos personagens, como se vê massivamente nas redes sociais.
O furor foi tanto que um internauta conhecido como Alex Brindejoncy lançou um abaixo-assinado no site Change.Org, com intuito de boicotar A Primeira Tentação de Cristo na Netflix.
O enunciado do movimento diz o seguinte: “Pela remoção do filme do catálogo da Netflix e para que o Porta dos Fundos seja responsabilizado pelo crime de vilipêndio à fé. Também desejamos uma retratação pública, pois ofenderam gravemente os cristãos“.
O objetivo da petição é chegar a 3 milhões de assinaturas, e até o presente momento desta matéria com 1653643 assinaturas, numa crescente de adeptos. Os internautas acusam o Porta dos Fundos de blasfêmia, com seu especial de Natal.
Confira:
Fábio Porchat se revolta com críticas
Fábio Porchat está causando polêmica após lançar o filme A Primeira Tentação de Cristo com o Porta dos Fundos na Netflix, mostrando um Jesus homossexual.
Trata-se de uma sátira sobre a vida de Jesus, que não foi bem recebida pelos cristãos nas redes sociais. Na ocasião, muitos o acusaram de blasfêmia e desrespeito.
No filme, Jesus Cristo (Gregório Duvivier) chega a se envolver com Orlando, personagem de Porchat, que se pronunciou pela primeira vez sobre o assunto.
Em seu perfil no Twitter, ele pediu que os cristãos não se preocupassem com a sua vida espiritual, já que se resolverá com Deus futuramente.
“Gente, pode deixar que eu me resolvo com Deus, está de boa, não precisa se preocupar não. Agora pode voltar a se indignar com a desigualdade que destrói nosso país“, disparou.
“Mas tem que se indignar com o mesmo fervor, está bem?“, ironizou, insinuando que as pessoas que o criticam não se importam com os verdadeiros problemas da sociedade.
No Twitter, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) se revoltou com o que viu e fez questão de detonar o filme .
“A Netflix acaba de lançar um Especial de Natal onde Jesus Cristo é gay e tem relações com Fábio Porchat, além de se recusar a pregar a palavra de Deus“, declarou o filho do presidente Jair Bolsonaro.
“Somos a favor da liberdade de expressão, mas vale a pena atacar a fé de 86% da população? Fica a reflexão“, disparou. Em resposta, parte dos fãs concordou com ele e detonou o filme.
Outros, porém, detonaram a crítica. “Sou cristão e adorei o especial. Não são hipócrita como sua família, que se diz cristã mas adora um dedo no cu e gritaria. Então vai se foder, boa tarde“, comentou uma pessoa.
O intérprete de Jesus no filme também fez questão de comentar e ironizou a situação, dizendo: “Caramba, tá todo o mundo assistindo mesmo! Foda“.
Oficialmente redator desde 2017. Experiências como editor e social media. Já escrevi sobre famosos, TV, novelas, música, reality show, política e pauta LGBTQIA+. Vídeos complementares no YouTube, no canal Benzatheus.