“Por Amor” levanta audiência do “Vale a Pena Ver de Novo” em todo o País

Por Amor

Antonio Fagundes (Atílio) e Regina Duarte (Helena) em “Por Amor”; novela eleva audiência do “Vale a Pena Ver de Novo” (Imagem: Divulgação / Globo)

A Globo exibe nesta segunda-feira (10), em “Vale a Pena Ver de Novo”, o clássico capítulo de “Por Amor” no qual Helena (Regina Duarte) dá seu filho vivo em troca do bebê morto de sua primogênita, Eduarda (Gabriela Duarte) – com o auxílio do médico César (Marcelo Serrado). A sequência mereceu, inclusive, chamadas especiais espalhadas pela programação da emissora neste fim de semana. Evidente que a expectativa no que tange à audiência é alta. E, a julgar pelo desempenho da reprise até aqui, segundo dados obtidos pelo RD1 com exclusividade, “Por Amor” irá corresponder plenamente ao esperado pelo canal.

Nas cinco primeiras semanas de exibição, a novela de Manoel Carlos conquistou 16 pontos no Painel Nacional de Televisão (PNT), que afere os índices de 15 regiões metropolitanas. Trata-se da melhor média da faixa desde a segunda reapresentação de “Senhora do Destino” (2004), em 2017. Este cenário se repete em São Paulo, praça de maior relevância para o mercado publicitário, onde a trama emplacou os mesmos 16 pontos. E no Rio de Janeiro, com 18. A região em que “Por Amor” apresenta seu melhor desempenho é Belém (25 pontos), com o mais alto índice desde o segundo repeteco de “O Rei do Gado” (1996).

Tais números atestam o acerto da escolha. “Por Amor”, exibida há menos de dois anos, na íntegra, pelo Canal Viva, está cristalizada na memória afetiva do público, assim como as citadas “Senhora do Destino” e “O Rei do Gado”, além de outros tantos sucessos que também pintaram no “Vale a Pena Ver de Novo” em mais de uma ocasião. Nota-se nestes títulos repetidos “à exaustão” a atemporalidade do enredo e da produção, o roteiro bem desenvolvido por autor e colaboradores, a direção que capta o tom exato de cada cena e o elenco em desempenhos irrepreensíveis (há exceções, infelizmente).

Por Amor

Lilia Cabral (Sheila) e José Mayer (Carlos) em “História de Amor”; twitteiros pedem reprise de novela (Imagem: Divulgação / Globo)

Lembra de mim…

Cabe lembrar que esta é a quinta passagem de “Por Amor” pela telinha, contando a veiculação original às 20h, a primeira reprise nas tardes da Globo e as duas reposições no Viva. Em 2002, quando marcou presença no “Vale a Pena Ver de Novo” pela primeira vez, o folhetim também levantou a audiência. No Rio de Janeiro, chegou a encostar na inédita e problemática “Esperança”, cartaz pós-“Jornal Nacional”; em São Paulo, entrou para o Top 5 de atrações mais vistas ao longo da semana. Na ocasião, a novela sucedeu “História de Amor” (1995), também de Manoel Carlos.

Agora, os noveleiros defendem o inverso: “História de Amor” na sequência de “Por Amor”. Há inúmeras manifestações no Twitter a favor da trama de Helena (também Regina Duarte), às voltas com Joyce (Carla Marins), a filha adolescente e grávida, e com Carlos (José Mayer), alvo do interesse dela, de Paula (Carolina Ferraz) e de Sheila (Lilia Cabral). “Páginas da Vida” (2006), da terceira Helena de Regina, é outra produção de Maneco citada constantemente. A Globo tentou reapresenta-la em duas ocasiões; a Classificação Indicativa impediu.

Por Amor

Giovanna Antonelli (Jade) e Letícia Sabatella (Latiffa) em “O Clone”; Canal Viva reapresenta trama em dezembro (Imagem: Divulgação / Globo)

Folhinha

Por falar em “novela velha”, o Viva ainda não confirma, mas, segundo informações da jornalista Cristina Padiglione, “Selva de Pedra” (1986), “Chocolate com Pimenta” (2003) e “O Clone” (2001) compõem a próxima trinca do canal. Naan Prevost, querido amigo do blog, fez os cálculos. Eis o calendário de estreias do Viva: “Selva de Pedra” substitui “Terra Nostra” (1999) em 26 de agosto às 14h30 e 0h45, com término previsto para 27 de fevereiro de 2020; “Chocolate com Pimenta” ocupa a vaga de “Porto dos Milagres” (2001) às 15h30 e 0h no dia 7 de outubro, chegando ao fim em 29 de maio do próximo ano; e “O Clone” sucede “O Cravo e a Rosa” (2000) às 23h e 13h30 em 9 de dezembro, com o último capítulo agendado para 21 de agosto.

Por Amor

Marcos Mion e Mionzinho (Victor Coelho) no “Vale a Pena Ver Direito”; Record relança quadro “de surpresa” (Imagem: Reprodução / Record)

Ainda no assunto reprise: no último sábado (8), a Record retomou o “Vale a Pena Ver Direito”, quadro do extinto “Legendários” (2010). A volta, com a cobertura do “Power Couple”, se deu uma semana após a estreia de outra faixa de reposições, o “Vale a Pena Ver The Noite”, do SBT. Evidente que o “relançamento” atende à necessidade de ampliar os números neste dia, em meio às equivocadas mudanças implantadas pela emissora, especialmente na faixa noturna – como o fim do “Legendários” e do “Programa da Sabrina”. Lamenta-se, porém, que o regresso tenha se dado quase sem divulgação, “queimando” o melhor cartucho do Record hoje: Marcos Mion.

Recadinho

Aos que questionaram o blog nos últimos dias, informo que ainda não há previsão de lançamento do segundo volume do livro “Teletema – A História da Música Popular Através da Teledramaturgia Brasileira”, de Guilherme Bryan e Vincent Villari. Vincent, aliás, concedeu entrevista para este espaço na semana passada, a respeito da trilha sonora de “Por Amor”. O primeiro volume, com os repertórios dos folhetins, de todos os canais, de 1964 a 1989, segue à disposição em livrarias e sites.

Ligo

Lívia Andrade no “Fofocalizando”. Costumo dizer que Leo Dias é o remédio e o veneno do vespertino do SBT. É ele quem traz conteúdo exclusivo, mas é ele também o responsável por desestabilizar o time, como aconteceu no último dia 30. Sem Leo, porém, o “Fofocalizando” fez brilhar Lívia, muito bem como “principal apresentadora”, orientando o debate com Décio Piccinini, Leão Lobo e Mamma Bruschetta. Dias, por sua vez, torna-se totalmente dispensável quando há boa produção, capaz de cumprir a função de Leo – como se viu nas últimas edições, com o programa explorando conteúdo inédito do “Conexão Repórter”.

Desligo

Rodrigo Faro. Primeiro por conta do conteúdo pouco aprazível de seu “Hora do Faro”, na Record. Segundo pela total incapacidade de admitir o êxito da concorrente, Eliana. Bastou a loirinha virar o jogo na “guerra dos domingos” para Faro deixar de lado o discurso da concorrência sadia que ele bradava aos quatro ventos quando ocupava, com folga, a vice-liderança. Em entrevista ao “TV Fama”, o menino expôs, nas entrelinhas, o incômodo com uma fala de Eliana no “Troféu Imprensa” sobre concorrer com o futebol da Globo. É bom mesmo ela não jogar com Rodrigo Faro; afinal, ele demonstrou ser o tipo “dono da bola”, que, quando toma gol, encerra a partida.

Fecha a conta

Como é gostosinho o “Aqui na Band”, atração de Luís Ernesto Lacombe, Silvia Poppovic e diversos (e bons) colunistas. A estação, enfim, acertou! O programa dirigido por Vildomar Batista reúne todos os elementos que a faixa pede. Dialoga, de maneira clara e objetiva, com todos os públicos – coisa que o “Superpoderosas” não fazia. Não à toa, a audiência cresceu na última semana, mantendo-se de segunda-feira e quinta-feira (3 a 6) na casa do 1 ponto. Parece pouco, mas já é muito para um horário que flertava com traço…

Duh Secco
Escrito por

Duh Secco

Duh Secco é  "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.

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