Por que para a Globo vale a pena ‘derrubar’ a grade para exibir jogos de futebol?
O público tem reclamado das mudanças que a Globo tem feito na grade por causa do futebol. A TV tem tirado doar atrações e até novelas por jogos da seleção e duelos do Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.
Não falta exemplo de modificações drásticas na programação. O mais recente envolve o final do remake de Renascer, exibido mais cedo por causa de uma partida da Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa.
A Globo tem espaço fixo para o futebol nas noites de quarta-feira e nas tardes de domingo, mas por questões além da sua vontade tem sido obrigada a exibir confrontos em dias e horários diferentes do habitual.
Neste sábado (5), Marcos Mion não foi ao ar no horário normal por causa da rodada do Brasileirão, que está adiantada por causa da eleição neste domingo (6). O Caldeirão foi ao ar mais cedo e Cabocla não foi exibida.
Qual o motivo da Globo deixar de lado de uma das suas maiores regras?
Em toda a história da Globo, a programação tem sido um pilar quase inquebrável, ou seja, os programas e seus respectivos horários são normalmente cumpridos. O futebol é a única exceção à regra.
O dinheiro fala mais alto e, mais do que isso, o compromisso feito pelo departamento comercial da Globo com as marcas parceiras. Antes mesmo de iniciar o ano, o calendário é pré-estabelecido.
Na negociação, a emissora garante a interrupção da programação para exibir partidas de futebol e fazer valer as cotas milionárias que recebe. Neste ano, o lucro do canal com o futebol está na casa dos R$ 2 bilhões.
Paulo Carvalho acompanha o mundo da TV desde 2009. Radialista formado e jornalista por profissão, há cinco anos escreve para sites. Está no RD1 como repórter e é especialista em Audiências da TV e TV aberta. Pode ser encontrado nas redes sociais no @pcsilvaTV ou pelo email [email protected].
