O Porta dos Fundos voltou a causar polêmica com produção para o Natal. Desta vez, o Centro Dom Bosco, organização religiosa católica, está brigando na Justiça para tentar censurar o Te Prego Lá Fora, novo especial do grupo de humor.
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A informação foi dada pelo jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, que disse que, nesta quarta-feira (15), a associação entrou com uma ação no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. O grupo alega que o pedido de censura foi realizado à “necessidade de proteger o sentimento religioso de uma violação grave”.
A associação diz que a proibição conseguiria evitar o agravamento da “onda de intolerância” contra todos os religiosos.
No Instagram, a página do Centro Dom Bosco escreveu sobre o pedido de censura: “Processamos a Paramount, empresa associada ao novo especial de Natal do Porta dos Fundos. Que Viva Cristo Rei”.
Cabe ressaltar que o mesmo grupo já havia tentado tirar do ar A Última Tentação de Cristo, especial lançado em 2019. Na época, a Justiça chegou a conceder uma liminar em caráter provisório para a retirada do conteúdo. Em seguida, porém, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, reverteu a decisão.
Fábio Porchat rebate críticas ao Porta dos Fundos
Nesta semana, em entrevista ao Vênus Podcast, o comediante comentou a respeito do processo de criação e destacou que leu a Bíblia para criar o roteiro de Te Prego Lá Fora.
A novidade do grupo de humor é uma animação preparada como novo especial de natal. “Eu comento com pessoas religiosas sobre a Bíblia, e ninguém faz a menor ideia do que está escrito na Bíblia. Ninguém lê a Bíblia. E isso é o que me dá mais medo”, declarou.
“As pessoas ficam muito loucas porque, no fim das contas, elas não acreditam nesse Jesus de verdade, o Jesus do amor”, disparou Fábio Porchat.
O humorista ainda comentou: “A gente tem que lutar pelo estado laico. É por isso que eu acho importante que a gente faça piadas com religião. (..) Ridicularizar não só pode como deve. A gente não pode deixar nada ficar sagrado, porque o sagrado para você não é sagrado para mim”.
