Em meio às promoções de colaboradores a titulares – e a escalação anual de Walcyr Carrasco – a Globo tarda a traçar planos para seus veteranos. Como Benedito Ruy Barbosa, que vem supervisionando filha e neto, Edmara Barbosa e Bruno Luperi, na adaptação de “O Arroz de Palma”, trama das 18h concebida em 2017, com produção prevista para 2021. Praticamente na mesma situação está Walther Negrão.
Segundo informações do jornalista Flávio Ricco, a emissora não tem nada “agendado” para o autor, quase sempre escalado para a faixa das 18h. Há expectativa é que nos próximos dias, honrando o contrato, Negrão apresente uma ideia ou mesmo uma sinopse. Cabe lembrar que ele está ausente da TV desde a conclusão de “Sol Nascente”, em março de 2017.
Durante a trama, Walther precisou se afastar para cuidar da saúde; os coautores Júlio Fischer e Suzana Pires levaram a produção até o fim – com auxílio direto de Ricardo Linhares e Silvio de Abreu, que responde pelo departamento de dramaturgia longa da casa. Júlio, no momento, desenvolve uma minissérie de dez capítulos; já Suzana reedita o texto apresentado à emissora recentemente, para a faixa das 19h.
Walther Negrão estreou na Globo em 1969, quando – após passagens por Band, Record e Tupi – assinou “A Cabana do Pai Tomás”, às 19h. Na década de 1970, após sucessos como “O Primeiro Amor” (1972), voltou à emissora pioneira. No regresso à casa em que está hoje, prestou auxílio a folhetins com problemas de audiência e desenvolvimento.
Também escreveu êxitos como “Pão, Pão, Beijo, Beijo” (1983), “Livre Para Voar” (1984), “Direito de Amar” (1987), “Fera Radical” (1988), “Top Model” (1989), “Despedida de Solteiro” (1992), “Tropicaliente” (1994), “Era Uma Vez…” (1998), “Desejo Proibido” (2007) e “Flor do Caribe” (2013).
