Preta Gil relembrou em entrevista a Eduardo Sterblitch o ensaio nu que fez para a capa do seu primeiro álbum, lançado em 2003. O caso foi uma das primeiras polêmicas na carreira da cantora.
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“Capa nua foi um escândalo, parecia que eu tinha matado alguém. Eu me lembro que era muito só. Eu falava de coisas que as pessoas me olhavam e ficavam ‘do que você está falando?’. E hoje, todo o meu discurso de 18 anos atrás é chamado de empoderamento. E isso se dá justamente da gente ir se identificando, comunicando e criando grandes elos”, afirmou ela ao programa Sterblitch Não Tem Um Talk Show: O Talk Show, do Globoplay.
A filha de Gilberto Gil contou que, na época, sofreu preconceito por ser mulher gorda e negra. “Dei o meu ‘showzinho’. Eu tenho isso na minha personalidade. Mas isso não é a regra, é a exceção. Por isso, que juntar vozes, se unir, criar coletivos consistentes, você vai quebrando a opressão”.
Preta foi uma das primeiras artistas e contraírem o coronavírus, e atribuiu aos membros da família o apoio neste momento difícil. “Coisa mais legal, dentro de uma família, é ter pessoas tão diferentes e que se amam muito”, analisou.
“Eu amo muito a minha irmã [Bela Gil], acho ela revolucionária [Sol de Maria]. Eu tenho um orgulho que explode! E o maior presente foi a minha neta. Ser avó foi algo que não dá para explicar”, declarou.
