Rafinha Bastos nega que tenha culpa por eleição de Bolsonaro e solta o verbo

Rafinha Bastos
Rafinha Bastos falou sobre vitória de Bolsonaro em 2018 (Imagem: Reprodução / Instagram)

Rafinha Bastos já demonstrou várias vezes que não costuma ter papas na língua. O famoso sempre diz o que pensa, mesmo que acabe sendo colocado em polêmicas e vire alvo de “cancelamentos”. Em entrevista, o humorista lembrou das participações do presidente Jair Bolsonaro (PL) no extinto CQC, da Band.

Apesar disso, ele garantiu que não tem culpa pela vitória do político, que na época em que participava do humorístico era deputado federal. “Nunca obriguei ninguém a votar no Bolsonaro. O programa não fez campanha política. Se o povo é ignorante, a culpa não é minha. As escolhas quem faz é o próprio povo”, declarou ao Splash.

“O que as pessoas não podem apontar é que ele ficou louco do dia para noite. O público se identifica com esse discurso e a culpa é minha que conversei com ele? Talvez a culpa pela exposição sim, mas a culpa pelo voto não. Nunca votei e nunca votaria [no Bolsonaro]”, continuou Rafinha Bastos.

Depois de quatro anos conturbados pela pandemia e a crise econômica gerada a partir dela, o famoso também comentou sobre o ex-presidente Lula (PT).

“É um momento que a gente está buscando figuras mais empáticas. Naturalmente, a gente cai na figura do Lula. Por todas as críticas e escândalos de corrupção, é uma figura que o povo sempre identificou como um cara que pensa no povo. Acho importante essa busca por uma figura de esquerda”, analisou.

Ele completou: “Se eu tivesse que escolher, não escolheria o Lula depois de tudo que vivemos. Mas o processo político é esse. A gente rejeita aquilo que a gente acabou de viver. O Brasil rejeitou o Lula e agora rejeita o Bolsonaro”.

Rafinha Bastos desabafa sobre cancelamentos

O humorista ainda comentou sobre as suas polêmicas e também a respeito dos recentes casos envolvendo Monark, ex-apresentador do podcast Flow, e Fábio Porchat, bombardeado nas redes sociais por uma cena envolvendo pedofilia de um filme de 2017 de Danilo Gentili.

“São patéticos, tanto o caso do Monark quanto do Danilo e do Porchat. É uma pressão econômica. Ninguém parou para ver direito as coisas. Tudo é descontextualizado“, lamentou.

Ele seguiu: “A quantidade de gente ruim que eu conheci na TV e são amados pelo público e pela família brasileira… As pessoas querem o Celso Portiolli. É um tiozão do bem. O que ele pensa da vida? O que ele pensa da política? Ele não se mete nisso. Ele é inteligente ou eu que sou mais inteligente por me colocar nesses lugares?”.

“Se eu tivesse jogado o joguinho de ‘Desculpa, Wanessa, eu também sou pai de família, sei como isso pode ter te ofendido’ seria muito fácil. Estaria cheio de patrocínio nas costas, igual o Marco Luque, comentarista de evento da Globo”, lembrou.

Rafinha completou: “Você é obrigado a mentir. Ir à público e pedir desculpa por algo que você nem acha que fez errado. Mas é o jogo que você tem que jogar. E que eu não fiz parte, mas que me prejudicou muito”.

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Luiz Fábio AlmeidaLuiz Fábio Almeida
Luiz Fábio Almeida é jornalista, produtor multimídia e um apaixonado pelo que acontece na televisão. É editor-chefe e colunista do RD1. Está nas redes sociais no @luizfabio_ca e também pode ser encontrado através do email [email protected]