Raquel Pacheco, conhecida popularmente como Bruna Surfistinha, deu detalhes da polêmica entre ela e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em junho de 2019. A famosa expôs a situação em seu novo livro autobiográfico.
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Na época, o Chefe do Executivo falou que não permitiria que o dinheiro público fosse usado para gastos em filmes como o dela, referindo-se ao longa lançado em 2011.
“Diante esse fato, comecei a ser atacada com intensidade por redes sociais. Senti na pele o quanto eles são militantes agressivos que não descansam e, sentem prazer em xingar e ameaçar vidas alheias que não concordam com a mesma visão política deles“, afirmou em trecho revelado no jornal Extra.
“Virei alvo e por dias recebi mensagens como: ‘Você é um lixo humano’, ‘É uma vergonha para o país’, ‘Se eu te encontrar, acabo com você’, ‘Que moral você tem para falar do presidente, sua p*ta!’, ‘Você tem que morrer, vagabunda!’ e por aí vai“, listou.
“Fiquei chocada com tanto ódio que esse povo externa. Cada um oferece o que tem no coração, não é mesmo?“, questionou. Raquel Pacheco explicou que as palavras não pegaram tanto quanto a energia jogada contra ela:
“Consequência de inúmeras pessoas sentindo ódio por minha existência, me desejando mal e até mesmo minha morte. Como podem ter coragem de dizer que são cristãos e desejarem tanto mal a alguém? Nunca entenderei tamanha contradição“.
“Uma mulher chamou muito minha atenção com a mensagem que me mandou, foi uma das piores que recebi, além de palavrões e xingamentos, desejou que eu fosse estuprada e morta em seguida“, relatou.
Raquel Pacheco rasga o verbo contra Jair Bolsonaro
A famosa não escondeu o seu descontentamento pelo rumo que Bolsonaro deu ao país. “Entendo que quem diz ser cidadão do bem, precisa pregar um falso moralismo para não chocar, nem decepcionar a família tradicional brasileira“, avaliou.
“Enquanto ele citou meu filme como exemplo de coisa ruim, o orgulho que tenho da minha trajetória apenas aumentou. Só eu sei o que passei até colher meus frutos e ninguém vai tirar isso de mim“, declarou.
“Teria ficado chateada e com vergonha de sair de casa se tivesse sido criticada por um presidente decente, com um histórico maravilhoso na política, mas não era o caso. Minha resposta aos jornalistas foi direta e reta: ‘Ele deveria cuidar da moral da própria família’. E esse foi o título de várias matérias publicadas“, relembrou.
