A Record, por meio da 1ª Vara do Trabalho de São Paulo, entrou com um pedido de uma moratória de 90 dias em suas dívidas trabalhistas. A iniciativa consiste na suspensão do pagamento de dívidas judiciais trabalhistas sem juros ou multas.
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De acordo com a coluna de Ricardo Feltrin, do UOL, o motivo para a decisão seria a suspensão de contratos de publicidade na emissora, em meio à crise que se instaurou durante a pandemia de coronavírus.
O texto da petição redigido pelo escritório contratado pelo canal de Edir Macedo para a sua defesa argumenta que, de todos os seus 249 anunciantes, grandes empresas como Bradesco, Toyota, Banco do Brasil e Ambev, já interromperam as inserções comerciais e propagandas durante a programação do canal.
Outras marcas também renegociam a redução dos seus contratos, levando a Record a enfrentar “severas dificuldades econômicas”, como define a petição. Além dos problemas com a falta de anunciantes, a Record também sofre com dividas, como o pagamento das parcelas de um processo de cerca de R$ 3 milhões a uma ex-funcionaria.
Procurado pela publicação, o advogado da antiga colaboradora Kiyomori Mori afirmou que a justiça não irá acolher o pedido porque o grupo é proprietário de outras empresas, inclusive de um banco, Renner.
Mori ainda contou que pediu à Record que apresente documentos como extratos bancários, contas de investimentos, últimos balancetes e contratos de publicidades e faturas que comprovem que a companhia está, de fato, passando por dificuldades.
Nem mesmo salários de seus principais contratados, como Xuxa Meneghel e Rodrigo Faro, serão poupados do pente fino pedido pelo advogado.
Procurada, por meio de sua direção de Comunicação, a Record confirmou o pedido de moratória, e explicou que o pedido obedece ao decreto vigente a qualquer empresa, que permite a suspensão de dívidas trabalhistas sem ônus e multas.
