O programa Entrelinhas, exibido nas madrugadas da Record, voltou a causar polêmica. Produção da Igreja Universal do Reino de Deus, a atração produziu uma edição completamente para atacar a esquerda e, principalmente, o PT (Partido dos Trabalhadores), o ex-presidente Lula (PT), e a ex-deputada federal Manuela D’Avila.
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Inicialmente, o formato declarou que algumas notícias davam conta de que o pré-candidato à presidência teria se reunido com integrantes do movimento evangélico para conseguir apoio. Em seguida, Renato Cardoso convidou pastores para discutir uma acusação em torno do assunto.
Ele disse que a “esquerda” teria supostamente contratado pastores evangélicos para orientarem Lula a moderar o discurso sobre assuntos considerados moralistas.
“Em 2022 é ano de eleição. Mais do que nunca, é ano de analisar quem quer ter o poder nas mãos. Contudo, é importante estar alerta. Não só nas propostas e em tudo que é falado, mas principalmente no que não é falado. Esconder as verdadeiras intenções da esquerda foi a ideia de um pastor que ficou conhecido como o pastor do PT”, declara uma parte da reportagem de abertura do programa.
A matéria também afirmou que o PT votou contra projetos apresentados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). “Diziam que o passado era melhor, mas isso não é verdade”, comentou o programa, citando projetos apresentados pela IURD, como Marco Civil do Saneamento Básico e a entrega de títulos provisórios para pequenos agricultores.
“O governo Bolsonaro tentou entregar os títulos, mas o PT e o MST foram contra. Eles passaram a priorizar os interesses da esquerda”, afirmou o Entrelinhas.
Acusação polêmica do programa da Record
O formato exibido nas madrugadas da Record ainda alegou que o partido de Lula e integrantes da esquerda eram apoiadores de um projeto de lei que apoiaria a “regulamentação” de casamento entre pais e filhos. No entanto, o assunto não passou de uma fake news.
Desde 2019 circula nas redes sociais uma notícia falsa dizendo que Manuela D’Avila, do PCdoB, teria apresentado a proposta.
No programa da Universal, Renato Cardoso debateu o assunto com outros três pastores evangélicos. Entre eles, estavam Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas (União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos), associação criada em 2018 e ligada à IURD.
