Por meio de um editorial, publicado no portal R7 na tarde desta quinta-feira (25), a Record repudiou “as declarações caluniosas, falsas e preconceituosas do candidato Fernando Haddad contra a emissora nas últimas semanas”.
O comunicado diz respeito a comentários recentes de Haddad, do PT, acerca da utilização da Igreja Universal do Reino de Deus, de propriedade de Edir Macedo – também proprietário do canal –, para favorecimento de seu concorrente na corrida presidencial, Jair Bolsonaro, do PSL.
No editorial, a Record afirma que as ofensas de Haddad “atingem diretamente todos os funcionários e colaboradores do jornalismo que se empenham em coletar informações com um único propósito: atestar a veracidade dos fatos de maneira clara e isenta para que o telespectador tenha a liberdade de tirar suas próprias conclusões”.
A emissora também acusa “alguns veículos de comunicação que claramente apoiam Fernando Haddad” pelo uso de “falsas acusações” em ataques às todas as empresas do grupo de mídia: “A ação orquestrada ainda usa de estratégia criminosa de reproduzir estes textos e declarações levianas em panfletos ilegais e apócrifos atacando nosso jornalismo e os profissionais que aqui trabalham com objetivos escusos de tumultuar a eleição”.
O canal salienta que o fato de Edir Macedo ter declarado apoio a Jair Bolsonaro, via Facebook, não “influencia as posições da emissora, que tem um jornalismo premiado internacionalmente e reconhecido pelo público e anunciantes”. E que a entrevista do candidato ao “Jornal da Record” no dia 4 de outubro – enquanto a Globo exibia o último debate referente ao primeiro turno – se deu apenas com o objetivo de “transmitir ao telespectador informações em primeira mão com agilidade”.
A Record ainda citou o pedido do PT para impedir a veiculação de tal entrevista, classificado por Carlos Horbach, ministro do TSE, como “manifesto ato de censura prévia, contrária à liberdade de imprensa, pressuposto fulcral do regime democrático”; a decisão foi respaldada pelo Ministério Público Eleitoral, considerando que “para candidatos que se encontram em situações distintas, a ação está prevista na própria lei eleitoral” – uma referência à recuperação clínica de Bolsonaro após o atentado que sofreu em 6 de setembro, durante ato de campanha em Juiz de Fora.
Por fim, a emissora afirma que não aceita “os ataques covardes à nossa conduta pautada numa só direção: jornalismo imparcial a serviço dos brasileiros. Em nome da democracia, da liberdade de expressão e da defesa veemente dos direitos constitucionais previstos para todos, a Record vai seguir firme no sentido de oferecer ao público um jornalismo isento”.
Duh Secco é "telemaníaco" desde criancinha. Em 2014, criou o blog Vivo no Viva, repercutindo novelas e demais atrações do Canal Viva. Foi contratado pela Globosat no ano seguinte. Integra o time do RD1 desde 2016, nas funções de repórter e colunista. Também está nas redes sociais e no YouTube (@DuhSecco), sempre reverenciando a história da TV e comentando as produções atuais.