A Record fez uma homenagem ao Paulo Henrique Amorim, que faleceu na última quarta-feira (10), no “Domingo Espetacular”, jornalístico que ele comandou durante 13 anos. O programa, no entanto, deixou de lado as polêmicas políticas que o apresentador se envolvia e o afastamento que ele sofreu há 20 dias.
Conhecido por ser um crítico ferrenho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e defensor do ex-presidente Lula, o apresentador teria sido afastado por causa das suas opiniões. A emissora decidiu, então, apenas enaltecê-lo dentro da empresa.
“Essa semana o jornalismo perdeu um craque da notícia, nosso colega Paulo Henrique Amorim”, iniciou a apresentadora Patricia Costa. “Essa morte pegou de surpresa amigos, fãs, a família, todos nós. Paulo Henrique era carioca, mas vivia em São Paulo há mais de 20 anos”, acrescentou Eduardo Ribeiro, que ocupou seu posto na apresentação do dominical.
“Difícil falar de alguém que deixa tanta saudade. Fácil falar de alguém que deixa tantas lembranças boas. Profissional acima da média. Que profissional. Um jornalista exigente, crítico, perfeccionista. Por traz do jornalista, um homem culto, muito bem-humorado e generoso”, elogiou o repórter Raul Dias Filho, na reportagem.
A atração, neste domingo (14), também apresentou depoimentos de pessoas próximas a Paulo Henrique Amorim e amigos de emissora. Renata Alves, por exemplo, chorou ao lembrar que ele se divertia ao ver as matérias dela no “Domingo Espetacular”.
Chris Flores, hoje no SBT, também comentou sobre a morte do jornalista. “A primeira vez que ele colocou o olho em mim disse: ‘Você tem cara de professora de Geografia que fala de fofoca. Isso vai dar credibilidade e as pessoas vão te adorar por isso'”, lembrou ela.
Após a reportagem, Eduardo Ribeiro declarou: “Nenhum de nós vai se esquecer. Por isso nesse estúdio aqui, onde ele sempre foi professor, a nossa mais humilde e carinhosa homenagem ao Paulo e à família dele”.
Trajetória de Paulo Henrique Amorim na Record
Paulo Henrique Amorim chegou à Record em 2003, após passagens por Manchete, Globo, Band e Cultura. Apresentou o “Jornal da Record 2ª Edição” e o “Tudo a Ver”; em 2006, foi escalado para substituir Celso Freitas à frente do “Domingo Espetacular” – que hoje conta apenas com Eduardo Ribeiro e Patrícia Costa.
Nos últimos dias, o comunicador estava afastado da apresentação, ficando à disposição de “novos projetos”. Nas redes sociais, porém, a saída dele do dominical foi associada às críticas a Jair Bolsonaro; o presidente da República sempre se mostrou alinhado com a emissora.
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