A Record foi proibida pela Justiça Eleitoral de fazer publicidade subliminar para o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos – RJ). Tudo começou quando a emissora do bispo Edir Macedo, tio de Crivella, escalou o seu elenco do Rio de Janeiro para divulgar o novo número de WhatsApp do canal.
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O final do número de telefone da emissora é 1010, e todos falam o mesmo roteiro durante as propagandas veiculadas no intervalo comercial e no site oficial da filial carioca: “Dez, dez”. Os famosos mostram as mãos e continuam com o anúncio: “Não esqueçam: dez, dez!”.
O número pode ser indiferente para quem mora fora do RJ, mas de suma importância para o prefeito que tenta a reeleição, afinal de contas, o número é o mesmo do seu partido, o Republicanos. Uma vinheta parecida já foi tirada do ar pela Justiça Eleitoral por divulgar o Salmo 22, quando o número de Crivella era o mesmo.
Segundo informações do jornalista Guilherme Amado, da revista Época, a juíza eleitoral Luciana Mocco Moreira Lima proibiu a Record de continuar divulgando as imagens por entender que se tratava de uma propaganda subliminar ao prefeito ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Na decisão divulgada na última segunda-feira (5), a Justiça determinou a suspensão da publicidade após a análise de provas reunidas pelo Ministério Público Eleitoral. “Não restam dúvidas que a documentação acostada pelo Ministério Público comprova fato grave que merece imediata reprimenda estatal”, afirmou a magistrada.
“A atitude da emissora Record e de seus funcionários com mensagens de exposição do número de campanha já utilizado pelo prefeito Marcelo Crivella, pessoa conhecida e candidato à reeleição, com a finalidade de firmá-los no inconsciente do eleitor, afronta a legislação eleitoral”, acusou.
