Renato Góes revela ter sofrido xenofobia na carreira e desabafa

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Renato Góes falou sobre a carreira (Imagem: Reprodução / Globo)

Renato Góes já está pronto para voltar à TV, depois do grande sucesso que fez na primeira fase de Pantanal, da Globo. Ele retorna às novelas como o vilão Tertulinho de Mar do Sertão, que estreia nesta segunda-feira (22).

“Para esse [trabalho] eu emagreci bastante, para mudar o corpo que estava de peão. Não tenho nenhum tipo de cuidado e vaidade com a beleza que não seja voltado para o personagem”, ressaltou o galã ao jornal Extra.

O artista celebrou o fato de o elenco da trama ter cerca de 20 atores nordestinos. “Ninguém mais quer ver essa cegueira seletiva, essa acomodação de deixar tudo como está. Já era hora de a teledramaturgia fazer isso”, disse o pernambucano.

“A gente está vendo reflexos de uma batalha de anos, mas ainda existe um caminho muito longo a ser percorrido para mais mudança”, garantiu o famoso.

Renato Góes, então, destacou: “O fato de ser nordestino sempre foi um problema em relação a piadas, brincadeiras… Falam do sotaque, da forma de vestir, brincam com a forma que você chama o nome das coisas. Conviver com isso sempre foi um problema. Até hoje ainda vejo uma forma pejorativa de nos tratarem”.

Na trama das 18h, o personagem de Renato formará um trio com Candoca (Isadora Cruz) e Zé Paulino (Sergio Guizé). Completamente apaixonados um pelo outro, o casal protagonista são separados quando Zé sofre um acidente e é dado como morto.

Depois de 10 anos, quando ele retorna, Candoca está casada com seu grande rival, Tertulinho. “Tudo que o Tertulinho faz de bom é pela Candoca. Todos os erros dele e todas as transformações pelas quais ele vai passar são por ela”, pontuou Góes.

Renato Góes expõe preconceito que já sofreu na carreira

Ele até disse que já ouviu alguns comentários desagradáveis. “Perguntavam de onde eu era, e, quando eu dizia que era pernambucano, tinha uma coisa de ‘Ah, vão dominar tudo’, ‘Mais um’, ‘Vocês estão querendo tomar tudo’“, contou.

Renato afirmou que é muito rotulado para fazer um trabalho de nordestino. Além disso, ele garantiu que “os personagens nordestinos eram muito ocupados por pessoas do sudeste”.

“A gente ficava numa de ficar implorando para fazer um papel que cabia a nós. E os que cabiam a nós éramos interpretados por outros”, desabafou.

Da Redação
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